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Pesquisa da Uesb aponta que agroflorestas contribuem com o crédito de carbono

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Por Assessoria de Comunicação – VCA <ascom@uesb.edu.br>

Já ouviu falar em crédito de carbono? Com o objetivo de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, foi criado, no Protocolo de Kyoto, em 1997, essa medida para calcular a redução da emissão dos gases. Agora, você sabia que esse crédito pode ser comercializado entre países? Muitas nacionalidades que conseguem cumprir a meta estabelecida no Protocolo passam a vender os créditos para aqueles países que não conseguiram reduzir a emissão.

Uma pesquisa realizada na Uesb identificou que a implantação do sistema agroflorestal na cultura cafeeira contribui com a redução do carbono, reduzindo as alterações climáticas. Mais que isso, o produtor de café também poderá comercializar esses créditos de carbono, o que mostra a importância da produção sustentável na melhoria econômica dos produtores. 

A pesquisadora do trabalho, realizado no Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Uesb, Monalisa Fagundes, pontua também que esse sistema melhora a diversidade da macrofauna e a formação do solo, elementos essenciais para a saúde e produtividade da terra. “Além disso, a pesquisa revela que os sistemas agroflorestais são economicamente viáveis e rentáveis, com uma relação de custo e benefício superior a dos monocultivos convencionais, devido à inclusão de árvores no sistema de cultivo”, explica a pesquisadora.

Sobre o Sistema – As agroflorestas funcionam a partir da combinação de uma variedade de espécies vegetais com a agricultura cafeeira. A ideia é tornar o ecossistema semelhante a uma floresta nativa, isso porque, ao manter essa biodiversidade, será fornecido, pelo próprio sistema, nutrientes, matéria orgânica e equilíbrio ecológico. 

A pesquisa, orientada pela professora Patrícia Barreto-Garcia, foi realizada em dois municípios da Bahia: Ibicoara e Planalto. O comparativo foi feito entre vários sistemas de produção dessa cultura, incluindo a convencional e a agrofloresta. Nas primeiras investigações, foram analisadas amostras de solo e de agregados e macrofauna. Já nas observações seguintes, o foco foi analisar o carbono no solo e a valorização econômica desse tipo de sistema.

Ainda de acordo com Monalisa, a implantação da agrofloresta é possível ser realizada em todas as variedades da cultura, porém, de forma mais significativa, na produção de cafés especiais, geralmente explorados nas regiões pesquisadas. “Esses sistemas são especialmente benéficos para cafés que valorizam características específicas, como sabor e aroma, que são aprimorados pelo cultivo em ambientes diversificados e sustentáveis”, defende.

Foto: Divulgação

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