Língua de Fogo ou Presunção?
Por Antônio Novais Torres
O título acima caracteriza alguém que escreve artigos locais contando os fatos ocorridos no lugar da sua vivência, no dia a dia da sua infância, na adolescência e até mesmo na maturidade.
São textos da verve da autoria do autor que relembra acontecimentos de tempos passados, mas está muito longe de se comparar aos textos de intelectuais famosos e de muitos que pertencem a Academia Brasileira de Letras. Os textos produzidos são veiculados na cidade pela mídia local.
Ele limita-se a criticar e até corrigir os textos de outros escritores locais, alertando para o erro cometido, se achando infalível. A crítica ofensiva e desprovida de bom senso demonstra que o crítico se intitula, ser muito sapiente, uma concepção estreita da vaidade do saber.
É muito significativo e importante que se tome conhecimento desses fatos, para se avaliar o caráter do indivíduo, que vaidoso menospreza os demais. A intenção deste artigo é analisar a competência do elemento metido a sabichão. O que se escreve é feito de boa-fé, e certamente incorrem-se em deslizes ortográficos. A censura do sabido, não tem valor, pois o conteúdo do texto é bem desenvolvido, não cabe especulação nem crítica.
A avaliação sobre erros cometidos tem o sentido de chamar a atenção do autor, para a colocação indevida do termo, esse procedimento serve de alerta para não mais se cometer. Entendermos que assim agem os leitores observadores.
O que não é admissível é a insinuação maldosa e preconceituosa de quem se intitula dono do saber, pois acima dele muitos outros estão à sua frente com renomadas obras intelectuais que dispensam comentários.
A crítica maldosa, mordaz e irônica é uma concepção estreita da vaidade pessoal. É o prazer de censurar? É uma obsessão? Essa atitude, revela falta de escrúpulo e decência, respeito acima de tudo. É uma interpretação do olhar de quem vê erros ou deslizes nos escritos de outrem para se firmar como o ‘sabe tudo’ e se considerar infalível.
Esse episódio é uma questão de conceito de quem age sem escrúpulo, não reflete sobre a falta de educação e ou de bom senso. Uso óculos, mas não tenho miopia para essas observações de cunho maldoso.
O artigo em questão, deverá ser julgado pelos leitores, com isenção de ânimo, e se informar com o conteúdo formal do texto, independente da visão literária escorreita, porque os erros existem.
O novo Acordo Ortográfico deixa à opção de quem escreve decidir se quer escrever “o Senhor Doutor” ou “o senhor doutor”; “isto é, de vossa excelência” ou, “isto é, de Vossa Excelência”; “santa Filomena” ou “Santa Filomena”.
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).
O escrito redigido com clareza e claridade são partes integrantes de um texto concatenado para melhor compreensão dos leitores. Assim é escrito com ordem e método. O que importa é o assunto na sua forma e conceito próprio, por isso, não contemplamos o excesso de vaidades de presunçosos.
Este desabafo é uma avaliação de quem se preocupou em nos apontar erros.
“Vanitas vanitatum et ominia vanitas”. Vaidade das vaidades.