Metaforicamente falando, o grande problema de algumas pessoas que acham que têm muitas luzes é achar que toda escuridão é cega. Pensam alguns formadores da opinião de que o Estado deve ser instrumento para poucos, que a base social que mais precisa do Estado como coisa em si é formada de gente que pode ser manipulada naturalmente a partir dos instrumentos de comunicação, principalmente da imprensa tradicional aliada da direita brasileira.
Defender a ideia nas entrelinhas, que mesmo numa democracia em frangalhos como a nossa, que o voto de quem não ocupou uma cadeira na universidade, ou mesmo não teve a condição de ler um livro de história, seja diferente daquele voto do cidadão proprietário dos meios de produção nesse país, é o grande erro de grande parcela da elite política desse país.
O resultado está aí diante dos olhos de todos, pois quando a grande parcela dos formadores de opinião da direita brasileira tenta assassinar a reputação do ex-presidente Lula, ele naturalmente se estabelece como o único candidato que tem as legítimas chances de ser mais uma vez o Presidente da República brasileira. Esperneiam de todas as formas para tentar eliminar Lula do cenário político brasileiro, mais a escuridão intelectual do povo como pensam alguns, enxerga além daquilo que a narrativa do status quo tenta imprimir como verdade absoluta. Não está dando certo!
O escritor espanhol Baltazar Grácian diz em uma de suas máximas que a mais política das vinganças é o desprezo, e o grande erro desses iluminados das revistas coloridas e dos balcões de negócios dos meios de comunicação televisivos do país é que não conseguem esquecer e nem desprezar Lula, e ainda mais, falam mal de Lula todos os dias a mais de uma década e não conseguem apresentar uma prova sequer de algum tipo de crime que ele possa ter cometido para trancafiá-lo numa cadeia.
A escuridão intelectual ou a ignorância política da maioria do povo brasileiro imprimida como uma marca da existência de Lula como favorito para ser eleito mais uma vez para o Palácio do Planalto, pode está enxergando as coisas muito melhor do que os iluminados pelas luzes de néon dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. E contra fatos não existem argumentos.
Outro grande escritor, Adorno, fala do ridículo de ser inteligente, pois na grande maioria das vezes os mais inteligentes são sempre os primeiros a aderirem aos proselitismos baseados em anacronismos com roupas novas e coloridas. Trata-se provavelmente da síndrome coletiva de Protusco de seres que se acham iluminados mas que ficam cegos diante do fenômeno político chamado Lula, a mais de duas décadas.
E o grande problema das pessoas desse país que tiveram como Presidente por duas vezes Luís Inácio Lula da Silva é que aderiram muito rápido ao discurso de que Lula é incompetente apesar de ter ter sido o presidente do país, de que Lula é corrupto sem nunca se ter apresentado uma prova judicial convincente disso a mais de uma década, enquanto que o povo que é considerado ignorante já enxergou de que tudo não passa de ardil político da direita brasileira para não deixar que as urnas escolham quem o próprio povo quer.
Quem quiser que chore! Mas a história na prática é cruel como a frieza de um túmulo com quem acha que pensa demais, pois quem pensa demais sempre morre de idiotice!