Gosto de utensílios domésticos.
Coisinhas de cozinha.
Amo passear por aquelas lojas onde as prateleiras exibem mil e uma coisas graciosas que tornam o coração da casa mais charmoso.
Nos grandes shoppings, lojas especializadas mostram cores e modelos variados de instrumentos que prometem facilitar a vida de quem ama fazer delícias.
E tem cada coisa interessante.
São panelas coloridas, cortador disso e daquilo, potes, batedores, espátulas, formas com fundos que vão e ficam, pincéis, tesouras, pratos, xícaras com seus pires combinando…
Sempre achei os pires um espetáculo à parte.
Acessórios que graciosamente combinam com suas xícaras.
Rasinhos na medida certa cumprem papel importante quando vamos nos deliciar com aquela bebida quente.
Imagine só você servir o cafezinho às suas visitas sem o pires?
Queima a mão, mancha o móvel, derrama o líquido.
Para evitar tudo isso, para ser base de apoio, lá está ele.
Engraçado que a sua profundidade é a ideal: pouquinha, discreta, suficiente.
Ele tem a profundidade certa para delimitar até onde a xícara pode correr, mostrar a ela seus limites.
Sempre pensei que as pessoas que não se dedicam àquilo que fazem e ficam na superficialidade de tudo na vida poderiam muito bem ser ditas profundas como um pires, mas vejo agora que não.
O pires tem a profundida certa para cumprir todas as suas atribuições.
Eles fazem tudo, seu máximo.
Tenho de arranjar agora um outro comparativo para quem vive na superficialidade da vida.
Ou não.
Melhor me deter onde há profundidade, onde existem mil e uma possibilidades…