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Vinho seco: desafio de muitos paladares

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Se você, assim como eu, algum dia na vida disse que não gostava de vinho seco, ou até mesmo ODIAVA vinhos secos, eu tenho uma notícia: esse texto é pra você!

Você pode virar pra mim e dizer: Aline, como é que alguém pode gostar de um vinho que seca a boca e parece não ter gosto de nada? Ok, eu sei que não é fácil compreender, sei que no começo é difícil degustar com tanto prazer. Mas, primeiro, vamos saber qual a diferença entre vinhos secos e suaves.

Uma coisa é certa: desde de muito pequenos os sabores doces nos agradam, proporcionam prazer inenarrável (só de pensar me dá vontade de comer brigadeiro de panela). A adição de açúcar está tão presente na nossa vida, desde muito cedo, que inevitavelmente recusamos qualquer coisa não esteja um pouco mais adoçada – como por exemplo sucos e cafés.

Com o vinho não é diferente. Pela falta de costume de sentir o sabor natural das coisas, principalmente das frutas, a expressão “só tomo vinho suave” porque “odeio vinho seco” é comum de se ouvir. Confesso pra você: para alguns, sommelieres, enólogos, enófilos e “enóchatos” chegar doer o coração ouvir alguém falando isso. Mas tudo bem, a gente sobrevive.

Ninguém começa a aprender matemática partindo direto para uma fórmula de bhaskaras, ou tentando resolver raízes quadradas, equiláteras e assim por diante. Primeiro você conhece os números, aprende a somar, multiplicar, diminuir e dividir.

No mundo dos vinhos deve ser do mesmo modo. Uma pessoa que quer mergulhar nesse mundo tem que “começar do começo” – me perdoe a redundância. Por isso, se você está começando, procure experimentar vinhos secos que sejam ideais para quem está começando.

Procure por vinhos que sejam elaborados com uvas que o açúcar residual seja mais potente em sua variedade. E se você não quer partir direto para os vinhos secos, aqui vai um atalho.

Existem vinhos suaves que são vinificados, ou seja, são elaborados com uvas da espécie Vítis vinifera. Os vinhos suaves mais conhecidos, são elaborados com as uvas americanas, que são as uvas de mesa. Nelas o teor de açúcar é super elevado, deixando os vinhos extremamente doces.

A diferença entre esses vinhos é a escolha das uvas base e isso afeta diretamente na qualidade do vinho.

Se você optar por vinhos suaves vinificados, por exemplo, além de garantia da qualidade de um produto bem elaborado, você trará para sua saúde todos os componentes saudáveis que o vinho nos dá.

Segundo a nutricionista Lethycia Leite, o resveratrol é o principal nutriente do vinho, presente na casaca das vitis viníferas. Mas para aproveitar todos os benefícios à saúde não se pode abusar na dose: “O ideal para ter o benefício é não exagerar, já que 100g tem em torno de 66kcal. Os benefícios são muitos: reduz o risco de aterosclerose (Um acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias, o que causa obstrução do fluxo sanguíneo.), combate o colesterol ruim, previne tromboses e acidentes cerebrais. Por ser um potente antioxidante e melhorar a circulação, também diminui o risco de problemas cardíacos”, destaca a nutricionista.

O mundo dos vinhos é apaixonante. Cada um tem a sua preferencia entre suaves, secos mais leves até os mais encorpados. O importante é apreciar sempre uma taça diariamente e estar sempre disposto a novas experiencias. Tim tim!

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