Deveras como dizia Charles de Gaulle o Brasil não pode realmente ser tratado como um país sério diante de tantos disparates existentes. Não pode ser sério um país em que a maioria dos brasileiros luta fervorosamente nas ruas contra a famigerada Reforma da Previdência, que colocará em riscos a aposentadoria de todos, enquanto que o ex-presidente da Republica, ex-senador, e ex-dono do Maranhão e do Amapá, José Sarney, recebe nada mais nada menos do três aposentadorias, que juntas ultrapassam ao dobro do que permite o teto constitucional.
Enquanto os trabalhadores e trabalhadoras rurais, estão preocupados sem poder fazer com que determinados deputados federais mudem de opinião em relação à prejudicá-los, e alguns até determinados lutando para não perder ao direito de uma aposentadoria de apenas um salário mínimo, o poderoso José Sarney recebe nada menos do que R$ 73.785,98 de aposentadoria. Realmente não se pode considerar sério um país que permite um tamanho distúrbio elementar em sua estrutura!
E mesmo sendo um disparate de tamanha natureza, que deveria ser motivo de vergonha para um homem que já ultrapassou o tempo de servir de algum modo a nação, com uma condenação do Supremo Tribunal Federal para ter que devolver os recursos que recebeu a mais do que deveria como um notório servidor público, ele continua brigando judicialmente com “unhas e dentes” para continuar a receber esses valores de aposentadorias que envergonhariam qualquer nação que se colocasse na condição de séria.
O teto constitucional de uma aposentadoria no Brasil é da ordem de R$ 33,7 mil para o funcionário público do mais alto escalão, mas Sarney passa do dobro disso em seus proventos. O ex-presidente acumula uma pensão no valor de R$ 30.471,11 mil como ex-governador do Maranhão, outra de R$ 14.278,69 mil, que recebe como servidor aposentado do Tribunal de Justiça maranhense, e mais R$ 29.036,18 mil como ex-senador. Nada mais vergonhoso, mas o Brasil é o país da falta de seriedade, da Previdência que está “falida”, e da institucionalização da safadeza republicana!