Os Estados Unidos da América, como todos os países do mundo, sempre tiveram uma classe de bilionários que nunca se envolveram diretamente na política, mas sempre financiaram quadros e grupos políticos para que estes administrassem o Estado de conformidade com seus interesses políticos e econômicos.
Porém pela primeira vez na história americana os bilionários estão diretamente no controle da máquina pública para administrar o Estado diretamente em função de seus interesses econômicos. Foram alijados do processo eleitoral do lado republicano todos os quadros literalmente políticos e assumiu o posto de representante direto exatamente Donald Trump, bilionário com negócios espalhados pelo resto do mundo.
Para o bilionário conservador Trump chegar ao poder vencendo nas eleições a representante da nata política do Partido Democrata, Hillary Clinton, utilizou-se o discurso que sempre foi utilizado por todos, mas colocando em pauta que os atuais políticos não prestam. Ou seja, utilizou-se a retórica da suposta contestação da classe política de Washington e a afirmação de uma política que elege os imigrantes e os muçulmanos como o mal absoluto.
Na verdade o pano de fundo desse novo governo coordenado diretamente por um bilionário é tornar os ricos mais ricos, enquanto o resto da sociedade se entretém em perseguir os imigrantes e muçulmanos, e não conseguem assim, enxergar nas entrelinhas a verdade absoluta do que vai ser a política protecionista americana em relação ao resto do mundo. O mundo pode perder e muito, porque o principal discurso de Trump é trazer de volta para seu país todos os grandes empreendimentos para gerar empregos somente para os americanos, e expulsando os milhões de imigrantes estabelecidos no país.
Prova disso são os escolhidos para assessorá-lo diretamente em áreas estratégicas. Para coordenar a Agência Ambiental foi escolhido Scott Pruitt, homem que sempre foi contra o discurso do aquecimento global; para a Agência de Energia, foi escolhido Rick Perry, que sempre trabalhou nos bastidores para que a mesma agência fosse extinta; para Relações Exteriores, foi escolhido Rex W. Tillerson, empresário de uma das maiores petrolíferas do mundo, condecorado nada mais nada menos do que por Vladimir Putin; para a Saúde Pública, foi escolhido Tom Price, homem que sempre foi contrário ao plano de saúde de Obama; e para a área da Educação Pública, foi escolhido Betsy Devos, representante direto dos colégios privados no país.
Se alguém duvida de que o governo de Donald Trump será um governo ainda mais cruel com a pobreza estrutural globalizada, e totalmente protecionista no tocante aos interesses dos bilionários americanos, pode ficar de prolegômenos menores, e esperar prá ver, porque enquanto uns soltarão fogos de artifício, outros chorarão lágrimas de sangue!