Dentre os vários excertos que formam hoje o pensamento juvenil, tais como o preceito de um sucesso profissional, o desligamento de si em relação aos riscos amorosos, o pensamento parvo posto às frestas do seu Ser, ao que vem de fora. Tornam-se espêssos e inexpressivos com o desvelo de se empoderar. Não fui adepto. A juventude do século XXI revoluciona sem ouvir, posiciona-se às escuras, e reverbera sem o discernimento de argumentos. Exige tempo para expressão, sem ceder o ensejo à réplica. A juventude atual vive bem sem Liszt, sem Bach, sem Beethoven. Está raquítica, tísica; já é hora de remoçar.
Tão jovens e tão velhos, penso. De forma sôfrega, tropeçando nas responsabilidades antecipadas, vivem experiências precoces, e logo aos 30, já teve tudo que necessário para uma pedante vida.
Há uma inadimplênncia, um adeno ao que virá mais à frente. A juventude nunca esteve tão desnorteada. Entretanto, não é possivel desver o seu poder quando é meritório à necessidade subversiva.
Ainda que distópico seja o apogeu almejado, tem-se inexpugnável, porém estático. Falta ordem, sem imiscuidade. Todavia, falta tudo. Falta a juventude retornar à juventude, e não sê-la tardia. Ao múnus, que sejam inefáveis. Porque ainda falta tudo. Não se pode exigir que seja ouvida, se não grita. Pior do que se acomodar, é desconhecer seu poder.