Uma vez, um consultor foi contratado por uma grande organização para orientar seus colaboradores a otimizar o tempo e aumentar a produtividade no desenvolvimento de suas tarefas.
Após uma semana de imersão apresentou a solução: todos, desde os ocupantes dos cargos mais altos aos mais baixos, deveriam fazer listas das atividades a serem desenvolvidas ao longo do dia.
Listas.
Aquelas listinhas que você já fez milhares antes de dormir, para acordar já trabalhando.
E que, ao final do dia, muitas vezes, ficou frustrado por não tê-la cumprido.
Listas.
Aquelas listinhas que você já fez aos milhares e, no fim do dia, se viu feliz por tê-las cumprido de cabo a rabo deixando todas as atividades prontas e tinindo.
Aí eu faço a mesma pergunta do diretor daquela grande organização:
“Como algo tão simples pode dar tão certo?”
Não sei.
Talvez dê certo por você saber exatamente o que precisa ser feito durante o período trabalhado.
Mas eu, aqui do meio da minha desorganização temporal me pergunto:
“Como algo tão simples pode dar tão errado?”
Não sei.
Talvez dê assim tão errado simplesmente porque, quando as primeiras atividades deixam de ser cumpridas, você pensa que não vai conseguir fazer tudo o que é preciso, aí, abandona o barco e sai nadando na direção oposta.
Fazer listas pode ser libertador ou completamente aprisionador.
Libertador quando funciona como mapa de orientação, aprisionador quando vira rota obrigatória ao longo do dia.
Tudo depende do olho de quem vê.