No mês de junho, manifestações populares explodiram no Brasil, onde moradores de cidades de todos os tamanhos reivindicaram mudanças no conteúdo e na forma de agir dos políticos, bem como no estabelecimento de prioridades.
No centro de tudo estavam elas, as Redes Sociais, promovendo a ligação entre pessoas, inicialmente levadas a postarem mensagens de apoio, repúdio, alegria, ódio, esperança, incentivo, devaneios e conspirações sobre os personagens que comandam a política.
Ainda é cedo para afirmar se é uma tendência que veio para ficar ou é um “arroz de festa”, entretanto muito estudiosos no assunto são categóricos em relação ao que vem ocorrendo no Brasil e no Mundo:
– Os políticos devem estar atentos aos comentários e reivindicações das Redes Sociais. Elas podem estreitar a relação com o eleitorado e também serem usadas para a veiculação de calúnias, difamações e cobrança de aprovação de projetos realmente de interesse da população.
Não foi por acaso que “A Lei da Ficha Limpa” e alguns projetos já foram total ou parcialmente aprovados, depois da pressão das ruas e repercussão na internet.
– Com uma imprensa livre e focada nos interesses do País, muitas das notícias veiculadas nos grandes meios de comunicação reverberam nas Redes e ajudam a formar a opinião dos leitores. A grande mídia também foi objeto de protesto nas recentes manifestações.
– Muitos dos seus participantes encontraram um meio de comunicação eficaz para terem voz e vez, notadamente as minorias sociais.
Cabe a nós fazermos algumas reflexões:
1) Essas manifestações na internet e nas ruas fazem parte de um modismo ou vieram para ficar?
2) Os brasileiros passarão a ter mais interesse pela política? Os homens e mulheres honestos irão concorrer a cargos públicos?
3) Os políticos que estão no poder há anos, cheios de vícios e legislando em causa própria, mudarão as suas atitudes?
4) Quais os impactos que as Redes Sociais provocarão nas próximas eleições, notadamente na escolha do novo Presidente da República e Governadores? Serão expulsos da política brasileira os corruptos que roubam o dinheiro público?
Ao que tudo indica, viveremos momentos de grandes mudanças, para melhor, resgatando a esperança, através de uma maior participação do eleitor, atento ao que ocorre em Brasília e em todos os 5.565 municípios brasileiros.