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Os pestilentos

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Somos mesmos uns bananas! Aliás, o Renan, de “r” de rato, eleito para presidir o Senado, e o Henrique Alves, da Câmara, devem estar nos mandando umas bananas. São os pestilentos sanguessugas que agora se juntam para expurgar o Judiciário. Não sabem eles, do PMDB, que estão abrindo caminho para sacramentar o PT como o partido acima de todos os poderes, como aconteceu no franquismo e no nazismo. A presidente Dilma passou incólume nas eleições secretas do Congresso. Não era conveniente meter a mão na cumbuca. Mandou seus bajuladores e fez apenas a negociação em surdina, para não arranhar sua imagem. Os súditos engoliram tudo direitinho.

Enquanto isso, o povo se esbalda no carnaval e se contagia com a Copa das Confederações e a Copa Mundial de Futebol, não importando as roubalheiras na construção dos estádios, com recursos públicos. Há anos, políticos e governantes autoritários injetam droga nas veias dos brasileiros, tanto que já vivem dopados nos vícios do consumismo e da acomodação.

    Às vezes penso comigo se existem usurpações do poderio covarde e petulante destes mandantes ao ponto de indignar esse povo que mora de frente para o Atlântico. Tudo já foi feito de ilegítimo e safado, mas não houve reação popular. E se aumentassem a gasolina, os produtos de primeira necessidade em 100%; não dessem mais aumento nenhum aos trabalhadores; e ainda tomassem toda poupança nas contas bancárias?

   Mas, estes testes de persistência da paciência contra o povo brasileiro já foram feitos e não houve reação. Então, é inesgotável e infinito o nosso limite de tolerância, de cordeirismo e subserviência, se já temos um Senado de altas mordomias (14º e 15º salários), com um orçamento afrontoso de 3,5 bilhões de reais por ano!. “Nossos representantes parlamentares” têm gordas verbas de gabinete, com direito a mais de 20 funcionários e praticam o compadrio, o cinismo, o descaso e zombaria, sem serem incomodados.

   A única coisa que ainda nos resta é o direito ao desabado irado, e isto de poucos, como na “manifestação” em frente ao Congresso. O Renan nem deu bola, e ainda escarram em nossa cara, falando em ética e moralidade. E o secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, quem diria! Foi bem recebido depois de ter prometido nos dar um “pé na bunda”.

   Quer mais o quê? Vivemos num país onde está se impondo a intolerância à discórdia. O povo é indiferente aos partidos e os partidos ao povo. As tragédias e as mortes na saúde pública têm suas raízes fincadas na maldita corrupção. Tudo tem sua origem no suborno, e assim levamos a vida na “valsa”, no axé-arrocha ou no samba, como se nada estivesse acontecendo.

  Os bandidos de ontem são os aliados de hoje. O populismo é o ovo da serpente do autoritarismo. Aqui mais próximo de nós, é só mirar a estrutura da Assembléia Legislativa da Bahia (Nilo Coelho foi reeleito pela quarta vez), cheia de vices-presidentes (três), secretarias (quatro), todos seus donos com direito a adicionais de verbas e um monte de funcionários vagando como fantasmas. Só a mesa diretora custa ao povo, que não reage, 1,5 milhão de reais por ano.

    Para chegar à nova arena da “Fonte Nova”, o torcedor tem que ir a pé e nada de ambulantes por perto (distância de 1,5 km.) e nem baiana de acarajé. O viaduto é só para a elite. Tomem aí! Não aplaudiram tanto os políticos quando anunciaram que o Brasil ia ser sede da Copa? Pois é, fiquem com o resto, separados dos privilegiados que usam nosso dinheiro como bem entendem, sem prestação de contas das maracutaias.

   “Stultorum numerus infinitus est” – o número de imbecis é infinito. Não faltam burros nas praças. Diante de tudo isso, fica aqui o exemplo do deputado federal José Antônio Reguffe (Distrito Federal). Ele não aceitou as mordomias parlamentares e vai economizar 2,3 milhões de reais em quatro anos de mandato. Se todos os deputados fizessem isso, a economia seria de 1,2 bilhão. Está provando ser possível fazer um trabalho sério e de com qualidade, com apenas seu salário, mas devem estar chamando ele de otário

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