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Operação Último Tango: Casal foragido de Correntina é preso em Goiânia

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Cleuzinete de Souza Sales, de 33 anos, e Erickson Linces Santos, de 30, estavam foragidos e escondidos na capital goiana há cerca de dois meses

Por Redação (*)

Duas pessoas denunciadas na Operação Último Tango, deflagrada pelo Ministério Público Estadual em Correntina, em outubro de 2017, foram presas pela Polícia Militar de Goiás na segunda-feira, 21, em Goiânia. Os dois são investigados por prática de organização criminosa contra a Administração Pública, fraudes em licitações e contratos, desvio de verbas públicas e cobrança de propina para aprovação de projetos de interesse do Executivo na Câmara Municipal de Correntina.

Foto: Divulgação/Facebook

 

A Tesoureira do Legislativo Municipal de Correntina, Cleuzinete de Souza Sales (foto), de 33 anos, e Erickson Linces Santos, de 30, conhecido como “Kinho” e apontado como “laranja” do presidente da Câmara, Wesley – Maradona – Campos Aguiar (PV), foram detidos em ação conjunta do Centro de Inteligência dos Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) dos Ministérios Públicos Estaduais da Bahia e de Goiás e da Polícia Militar de Goiás, que cumpriu os mandados de prisão preventiva impetrados contra eles pela Justiça  baiana no último dia 4.

No momento da detenção, ambos alegaram que estavam escondidos em Goiânia há cerca de dois meses. As penas para Cleuzinete e Erickson podem ultrapassar os quatro anos de reclusão, de acordo com o Código de Processo Penal.

O casal está custodiado em Goiânia e deverá ser reconduzido à Delegacia Territorial de Polícia Civil de Correntina, onde ficará à disposição da Justiça.

(*) Com informações do Centro de Comunicação Social do Ministério Público do Estado da Bahia/Jornal O Popular  -Goiânia

Presidente da Câmara Municipal de Correntina continua foragido

Vereador Wesley – Maradona – Campos Aguiar (PV) – Foto: Blog Matutar

Também com mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça, o presidente da Câmara Municipal, Wesley – Maradona – Campos Aguiar (PV), continua foragido. O vereador, segundo o Ministério público Estadual, seria o mentor e chefe de uma organização criminosa que atuava na Câmara Municipal de Correntina fraudando licitações e contratos, promovendo desvio de verbas públicas e cobrando propina do gestor municipal para aprovação de projetos de interesse do Executivo.

Além do vereador Wesley – Maradona – Campos Aguiar, outro investigado com mandado de prisão preventiva continua foragido. Trata-se do Assistente de Controle Interno do Legislativo Municipal de Correntina, Hugo Neves dos Santos.

Saiba+

Operação Último Tango

Foto: Blog Matutar

Na manhã do último dia 26 de outubro, o Ministério Público Estadual, através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Investigação (CSI), Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais (Caocrim), Centro de Apoio Operacional de Proteção às Promotorias de Proteção da Moralidade Administrativa (Caopam), de Promotores de Justiça e das Polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar, deflagrou em Correntina a Operação Último Tango, para desarticular uma suposta organização criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios e contratos no município, desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações indevidas a servidores e realizar exigências ilícitas ao prefeito, inclusive entrega de propina de R$ 50 mil para alguns vereadores em troca da aprovação de Projetos de Lei.

Na Operação foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e três de condução coercitiva, incluindo servidores da Câmara Municipal e outros investigados. Os mandados foram expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organizações Criminosas de Salvador.

Presos durante a Operação, além de outros cinco vereadores [Adenilson Pereira de Souza (PTN), Jean Carlos Pereira dos Santos (PP), Juvenil Araújo de Souza (PCdoB), Milton Rodrigues Souza (PCdoB) e Nelson da Conceição Santos (PRB)], o presidente da Casa Legislativa, acusado pelo Ministério Público de ser o chefe da suposta organização criminosa, Wesley – Maradona – Campos Aguiar (PV), a Tesoureira e o Assistente de Controle Interno do Legislativo Municipal, respectivamente Cleuzinete  de Souza Sales e Hugo Neves dos Santos, e o motorista particular, Erickson – Kinho – Linces Santos.

Todos os presos tiveram as prisões relaxadas e retornaram aos cargos no Legislativo Municipal.

No último dia 4, no entanto, o Tribunal de Justiça da Bahia, através da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organizações Criminosas de Salvador, em decisão exarada pelos juízes Álvaro Marques Filho e Ana Quitéria Loula, na apreciação do mérito julgou improcedente o habeas corpus impetrado pela defesa dos acusados, revogando a decisão liminar que antecipou a tutela jurisdicional de soltura e determinou a prisão preventiva do vereador Wesley – Maradona – Campos Aguiar, da Tesoureira Cleuzinete  de Souza Sales, do Assistente de Controle Interno Hugo Neves dos Santos e do motorista Erickson – Kinho – Linces Santos.

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