Mais um livro da escritora Célia Biscaia Veiga, paranaense radicada em Joinville há duas ou três décadas, é coroado de sucesso. Ela já publicara, antes, um livro de poemas, outro de crônicas, outro de literatura infantil e agora nos apresenta um projeto que poderíamos chamar de romance. Ou novela.
Trata-se de “O nome dele era Pedro”, uma série de crônicas interativas que ela havia publicado no Jornal A Notícia. A cada capítulo ela oferecia alternativas diferentes para o rumo da história de Pedro e os leitores participavam, fazendo as suas escolhas, ajudando a escrever aquela nova experiência literária. E a novidade – literária e jornalística – foi um sucesso e escolas se mobilizaram para participar e uma até convocou a escritora para ir até lá conversar com eles.
No jornal, é claro, as escolhas de opções levaram a um final. Mas, conforme as escolhas em cada capítulo, outros dezesseis finais poderiam acontecer. Então no livro, a autora teve condições de reunir todas as possibilidades e deixar a cargo do leitor a escolha do final que achar melhor.
É um livro interessante que, além da novidade da interatividade, nos mostra que nunca é tarde para aprender, que saber ler e gostar de ler faz toda a diferença na vida de qualquer pessoa.
Não é um livro de autoajuda, acho que posso chamá-lo de novela, mas é muito bom de se ler. A gente fica querendo pular adiante, para saber das outras possibilidades, depois quer voltar pra trás para lembrar uma escolha que já tinha lido.
A capacidade criativa e a inventividade de Célia tornam o livro uma das boas novidades literárias dos últimos tempos.