No ano de 2017, na no canal da Rede Tv, no Programa Entrevista com Mariana Godoy, o filosofo Mario Sergio Cortella afirmou: “O Brasil ainda é um país machista, mas o mais importante é que a gente entenda esse ainda, porque se a gente imaginar que é só uma afirmação, e assumirmos essa derrota, continuaremos sendo. Não devemos ser e não seremos”. E por ser o Brasil um país com suas raízes ainda bem fincadas no patriarcalismo, acompanha consigo por assim dizer, a identidade de inúmeras violências acometidas contra a mulher em favor do machismo.
Neste sentido, Cortella bem observou em sua definição a respeito do machismo: “O machismo pressupõe que o homem é superior à mulher, o feminismo defende a igualdade entre os sexos (…). Machismo não é o contrário de feminismo, o contrário de machismo é inteligência”. Equivoca-se o homem ao conjecturar que a mulher deseja ser igual a eles. Impossível de ser. E isto é visivelmente notado a começar por sua formação fisiológica. Homem é homem e mulher é mulher. A mulher, diante de tantos abusos sofridos no decorrer da longa historia da humanidade, apenas deseja ter seus direitos respeitados.
Direitos esses, inerente a qualquer ser humano. Natural a qualquer ser humano. Entretanto, a mulher geradora dos filhos do mundo, tem que lutar e provar diante da corte dos machistas que devem ser e são merecedoras de respeito. Destarte que não vale aqui buscar na longínqua história da humanidade onde surgiu o machismo, ou quem deu este titulo de superioridade ao homem. Fato é que certamente, equivocou-se com alguma interpretação erronia bíblica, boatos sem fundamentos ou criação sem base de uma imaginação sintomática de dominação sobre aquela que se apresenta aparentemente mais frágil fisicamente. Vale observar, no entanto, que a mulher definitivamente não é fraca e vem provando isto nos diversos campos antes dominados pelos homens.
Fato é que em parte algum da historia afirma definições naturais de atribuições direcionados a mulher ou ao homem. Por exemplo, que a mulher deva ficar em casa e lavar a louça ou que seja de única e responsabilidade do homem sair e trabalhar para o sustento de sua família. Salvo a gestação, amamentação e o ciclo menstrual que são biologicamente habilitados à mulher, no demais são todos iguais. Desse modo, faz-se necessário a começar pela educação nos lares, a desnaturalização do hábito de que a mulher é a única responsável pela higienização doméstica do sexo frágil. Mesmo por que, atualmente, a mulher tem dividido por igual, mais ou menos as despesas domésticas. Quando não são elas sozinhas as chefas de famílias.
O g1.Globo atualizou dados em março de 2018, que no Brasil uma mulher é assassinada a cada duas horas. Os crimes de femicídios, no geral ocorrem nos ambientes domésticos. Esses dados assustam. O assédio, as palavras e ou frases de sentidos dúbios, agarros e beijos forçados, gestos obscenos, entre tantas outras atitudes negativas atribuídas ao machismo, apenas revela ao determinado homem que ele necessita urgentemente evoluir e no mínimo equiparar aos tempos contemporâneos.
Ainda segundo o filósofo Mario Sergio Cortella, o machismo é falto de inteligência e posso afirmar que é também insegurança, daí a necessidade de impor uma “tal” superioridade, e autoafirmação. Não generalizando, mas é de conhecimento geral que a mulher sempre foi instrumentos de abusos no cenário da humanidade. A mulher apenas busca a igualdade de direito, pela igualdade de oportunidades no mercado de trabalho principalmente. Ela também grita desesperadamente que o fato dela usar uma roupa curta, seja um convite ao estrupo. Que por ela andar sozinha nas ruas seja de dia ou noite, não é por “falta de homem”, mas uma opção.
A educação é a grande aliada para combater o machismo. Pois, com a educação se conquista a evolução humana. Referencia-se a educação, principalmente a aquela ensinada nos interiores dos lares que se fala do respeito e da igualdade de gêneros. Pois se trabalhado desde cedo com as crianças, certamente combaterá a violência, o feminicídio, o desajuste do machismo; e assim, poderíamos visualizar uma futura sociedade mais justa e mais igualitária.