Tenho uma biblioteca bastante razoável formada com livros escolhidos “à dedo”, pois em qualquer momento que eu quiser ler basta passar as mãos e pegar qualquer um dos livros e abrir em qualquer página que tenho sempre um bom texto. Mas provavelmente nenhum dos mestres universais pode superar Pascal, Emerson, Nietzsche, Schopenhauer, Tolstoi ou Spinoza, quando se trata de se procurar um pouco de conforto filosófico a respeito da existência e existência de Deus.
Mas parece que ainda tem gente que por não conhecer esses grandes homens que ensinaram outros homens a fazer reflexões profundas a respeito de sua própria existência e da existência de Deus, alardeiam quando ver você com um deles, de que eles não passaram de homens satânicos. Interessante em tudo isso é que a maioria desses homens beberam na mesma fonte, que é a Bíblia e outros livros sagrados de outras religiões que falam do mesmo Deus.
Recentemente fui surpreendido por uma senhora, que além da agressão verbal por eu está lendo em local público Tolstoi, ainda cometeu o maior pecado que um ser humano pode cometer, que é sem conhecer quem foram os grandes filósofos da humanidade, repetir como papagaios o que o seu “pastor” diz no púlpito de sua igreja, como verdade absoluta, que os homens que falaram sobre Deus fizeram pactos com satanás. E impressionante como a cada vez que falam o nome de Jesus falam vinte vezes o nome do maldito!
Leon Tolstoi escreveu: “Não vivo quando perco a fé na existência de Deus. Teria me suicidado há muito tempo sem a vaga esperança de o encontrar. Vivo, vivo verdadeiramente, quando o sinto e quando o procuro. (…) Ainda é ele, aquele sem o qual não se pode viver. Conhecer a Deus e viver, é a mesma coisa. Deus é a vida”. Será que esse russo que escreveu isso num dos seus mais belos ensaios (Conhecimento de si mesmo), fez pacto com Tifon Baphomet? Será que aquele “pastor” daquela mulher que esbraveja na sua igreja sua verdade em nome de dinheiro está correto?
E assim caminha a humanidade!