Por Ascom
Abrir espaço para discussão do panorama de investimento na área de pesquisa do país foi um dos objetivos da palestra realizada na manhã desta segunda, 27, no campus de Vitória da Conquista. Recebendo o diretor científico da agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Wanderley de Souza, o encontro reuniu diversos professores pesquisadores e gestores da área de pesquisa e pós-graduação da Uesb e de outras Instituições de Ensino Superior do interior da Bahia.
No debate, a questão orçamentária que a área de pesquisa vive atualmente foi um dos pontos de discussão. Para Wanderley, é necessário reverter esse momento e buscar um crescimento nos recursos. “Nós estamos com recursos que equivalem a um terço do que tivemos em 2013. Portanto, houve uma redução significativa nos recursos federais e estaduais. Esse é um cenário em que estamos trabalhando com o mínimo possível. A partir daqui, não pode reduzir mais. O que nós temos é que reverter e voltar a ampliar os recursos”, analisou.
Nesse processo de investimento, o diretor ainda destacou que os recursos vêm sendo trabalhados em três grandes áreas: pesquisa básica, inovação tecnológica e interação entre universidades e empresas. “Na pesquisa básica, a universidade é nossa prioridade. As universidades públicas representam mais de 80% dos investimentos da Finep em pesquisa”, reforçou Wanderley, que trouxe a discussão sobre o “O papel da Finep na consolidação da infraestrutura científica do país no desenvolvimento tecnológico e na inovação”.
Visitas técnicas – Nos últimos dias 23 e 24 de agosto, a comissão da Finep também realizou visitas técnicas nos campi de Itapetinga e Jequié. Com grande foco nos programas de pós-graduação, a empresa é uma das agências financiadoras dos cursos disponíveis na Uesb atualmente.
Presente no encontro, o professor Luiz Otávio de Magalhães, reitor da Uesb, pontuou a importância do momento para visualizar novas formas de investimento na pesquisa. “Para nós, é um momento importante de debate, porque estamos em um contexto nacional e estadual de crise em termos de financiamento para educação, para pesquisa, para tecnologia. É uma oportunidade importante de debatermos as políticas atuais de financiamento para a pesquisa no país”, avaliou.