Pablo Picasso afirma: “O sentido da vida é encontrar o seu dom. O objetivo é presenteá-lo aos outros”. Essa palavra gera uma definição importante para a vida. Todos nós precisamos descobrir o nosso Dom, as nossas qualidades e habilidades e o nosso propósito de vida. Afinal, estou vivo para quê? O que é mais valioso para mim? Qual a minha habilidade? O que deixo aos outros com aquilo que faço?
Ao respondermos essas perguntas a nós mesmos, afirmamos que não basta encontrar a resposta apenas, mas precisamos ter os outros implicados, alcançados por elas, pois elas não devem ser respostas com atitudes egoístas, que apenas alcançam a nós mesmos. Não adianta ser competente em fazer alguma coisa se o que faço não ajuda os outros ao meu redor, no meu ambiente de trabalho, a humanidade, as pessoas… Se o que faço não edifica o mundo. Preciso descobrir o Dom para presentear as pessoas, o universo, fazendo a diferença. É isso que dá sentido à vida.
Ainda, não adianta pensar pequeno. Ah, eu me contento com isso. O que eu faço já está bom. Não precisa fazer muito, diante de Deus. Para Deus o pouco já é bastante. Isso é verdade somente quando o pouco que você faz é o seu melhor. Quando você está colocando o máximo de esforço, está dando o melhor de você, está usando todos os seus talentos. Não faz pouco por que é acomodado, ou tem pensamento pequeno, mas está dando o seu melhor.
Essa compreensão do pequeno muitas vezes é distorcida, também nos ambientes religiosos. Pensamos que o pouco basta, quando na verdade estamos dando a metade daquilo que podemos fazer, nos acomodamos e por isso fazemos as coisas medianamente, quando poderíamos alcançar resultados muito melhores. O mesmo pode acontecer no meu trabalho, na empresa, na família ou em qualquer ambiente. Quem não dá o melhor de si alcançará resultados medíocres e irá dizer que já faz o bastante e que está bom assim. Ainda, poderá justificar utilizando Deus para legitimar sua acomodação. Não! A viúva deu tudo o que tinha na oferta. Aquele que escondeu o talento não foi vitorioso.
Como nos lembra Fernando Pessoa: “Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazer. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.”
E você? Qual é o seu dom? Sua missão de vida?