Mais uma iniciativa interessante e meritória para popularizar a poesia. Ao invés de distribuir a poesia impressa, ou exibi-la em varais como se fosse roupa, no meio do caminho do leitor, ou ainda recitá-la em lugares diversos, que as maneiras mais tradicionais de apresentar esse gênero literário, além do novo suporte muito democrático que é a internet, nos dias de hoje, descobriu-se uma nova maneira de levar poemas até o público.
São os “poemas sonoros”, inventados por um grupo de Joinville, que seleciona peças das obras de poetas catarinenses e os entrega a compositores da cidade para musicá-los. Então esse grupo canta os poemas musicados para o público.
Não é uma boa iniciativa? Eu tenho um poema musicado por um maestro pernambucano e sei que esse é um recurso belíssimo, aliar música à poesia, integrar música ao poema. A música “O Natal que eu quero” é meu cartão de Natal, que envio todo ano por e-mail a amigos e para a família.
Não que já não existam poemas de poetas consagrados musicados por grandes compositores, gravados por grandes nomes da música popular brasileira. Mas é uma grande ideia, sem dúvida nenhuma, pegar os poemas de poetas catarinenses e torna-los letras de músicas, para tornar a poesia catarinense mais conhecida e apreciada.
É a descoberta de um novo caminho para fazer a poesia chegar até o leitor. E precisamos de novas alternativas para tornar a poesia um gênero mais lido, mais apreciado. Porque a poesia é necessária. Sem poesia, o mundo é mais duro, mais cruel, menos sensível e menos humano.
Então, poetas-compositores-cantores, como Pierre Aderne, continuem fazendo seu trabalho de levar a sua poesia até nossos ouvidos, caminho para o coração.