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Polícia Federal deflagra Sem Fundos, 56ª fase da Lava Jato

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Da Redação 

 

Operação Sem Fundos mira A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (23) mais uma, a 56ª fase da Operação Lava Jato. A Operação Sem Fundos, deflagrada com objetivo de reprimir a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa, cumpre 68 mandados de busca e apreensão, 8 de prisão preventiva e 14 de prisão temporária na Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

As investigações que culminaram com a deflagração da Operação Sem fundos apontam que a execução da construção das edificações destinadas à instalação da nova sede da Petrobrás em Salvador, assim como os contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia foram superfaturados e direcionados para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobrás e dirigentes da Petros, além de terceiros com eles mancomunados.

Segundo a polícia Federal, essas operações resultaram em prejuízos à estatal ao Fundo de Pensão investidor, este mantido mediante patrocínio da própria Petrobrás e das contribuições de seus empregados.

Ainda segundo a Polícia Federal, o Petros [Fundo Petrobrás de Seguraridade Social], em parceria com a Petrobrás, investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por trinta anos. “Ocorre que, com o direcionamento da execução das obras à uma empresa ligada a outras duas grandes empreiteiras já conhecidas da Lava Jato, o valor da execução ficou bem acima do que deveria, assim como o valor de aluguel a ser pago também”, afirma a Polícia Federal, destacando que os investigados direcionavam parte dos recursos obtidos desses valores a maior para pagamento das propinas, utilizando de artifícios para ocultar e dissimular a origem e destino desses montantes.

Os presos, cujas penas, se condenados, somadas poderão chegar ao total de 50 anos de prisão e multa, deverão ser levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça.

O nome da operação refere-se à perda do Fundo de Pensão da Petrobrás, assim como ao fato de os crimes investigados parecerem revelar um “saco sem fundos”.

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