Ao longo dos anos, as técnicas da cirurgia plástica para o contorno corporal avançaram bastante. Um destes avanços foi a criação da miniabdominoplastia. Em geral, é feita juntamente com a lipoaspiração, chamada de mini lipoabdominoplastia.
Esta técnica é indicada para remover a sobra de pele na parte inferior do abdômen, geralmente em pessoas magras ou dentro do Índice de Massa Corporal (IMC) normal, com mínima sobra de pele e com a chamada diástase dos músculos retos abdominais.
Gravidez, perda de peso importante e envelhecimento são fatores de risco para desenvolver flacidez na região abdominal inferior. Estas condições podem resultar em uma dobra de pele que, em muitos casos, é esteticamente desconfortável.
Segundo o cirurgião plástico, Dr. Luiz Philipe Molina, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, apesar do nome, a miniabdominoplastia é uma cirurgia plástica como outra qualquer e isso é importante para que o paciente entenda a complexidade do procedimento. Entretanto, quando comparada a uma abdominoplastia tradicional, traz algumas vantagens.
Umbigo preservado e cicatriz menor
“Um dos benefícios da mini lipoabdominoplastia é que, na maioria dos casos, preservamos o umbigo do paciente. Na técnica tradicional, é preciso reconstruir essa estrutura. Outro ponto é que a cicatriz é menor e fica ainda mais oculta em trajes íntimos ou de banho. A cicatriz é muito parecida com a da cesárea. Por fim, é retirada uma menor quantidade de pele e musculatura dos retos é fechada em toda a extensão”, comenta Dr. Molina.
Outra vantagem da mini lipoabdominoplastia é que o paciente consegue retornar às atividades em um prazo menor, quando comparado à técnica tradicional. “É um procedimento seguro, sem necessidade de posições forçadas de flexão e permite ao paciente retornar às atividades da vida diária, como trabalhar, num prazo menor, em torno de 15 a 21 dias”, explica o cirurgião plástico.
Indicação é muito específica
Por outro lado, apesar das vantagens da mini lipoabdominoplastia, a indicação é muito específica. “A indicação desta técnica é para pacientes dentro do peso normal, mais jovens, com localização alta do umbigo e com uma sobra de pele na parte inferior do abdômen e diástase dos retos abdominais. Aquele famosa ‘dobra de pele’ que não é eliminada por meio de exercícios, tratamentos estéticos ou perda de peso”, cita Dr. Molina.
Embora o Índice de Massa Corporal (IMC) alto seja uma contraindicação para a mini lipoabdominoplastia, quando o umbigo está localizado acima de 16 cm da implantação dos pelos pubianos, é possível realizar a cirurgia. “Podemos dizer que neste grupo estão os pacientes pré-obesos, que não conseguem perder peso com outros tratamentos e que desejam remover a dobra excessiva de pele na região inferior do abdômen”, ressalta o especialista.
Recomendações no pós-operatório
Embora o tempo de recuperação seja menor em relação a uma abdominoplastia, os cuidados no pós-operatório são bem parecidos. É fundamental que o paciente siga todas as recomendações para um bom restabelecimento.
“O uso da cinta cirúrgica, o repouso relativo, uma boa alimentação e sessões de drenagem linfática são alguns cuidados no pós-cirúrgico. Além disso, é preciso evitar pegar peso e fazer exercícios físicos em torno de 45 dias ou mais, de acordo com a recomendação do cirurgião plástico”, encerra Dr. Molina.
Cirurgia plástica segura
Como em qualquer outra cirurgia plástica, a miniabdominoplastia, associada ou não à lipoaspiração, deve ser realizada em um hospital que atenda às normas e resoluções da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O cirurgião plástico escolhido deve ter título de especialista válido, CRM ativo e experiência comprovada na técnica.