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Hemofilia: Você sabe o que um hematoma pode esconder?

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A hemofilia congênita é uma doença conhecida e com tratamento estabelecido, porém ainda existe uma outra condição mais rara que requer atenção: a hemofilia adquirida.

Por Juliana Gonçalves

 

Nesta quarta-feira, dia 17 de abril, é o Dia Mundial da Hemofilia. Nesta data, várias ações de conscientização acontecem em todo o mundo abordando a hemofilia congênita, uma doença rara, genética, que ocorre principalmente em homens e é caracterizada pela falta total ou parcial de um fator de coagulação necessário para que o organismo do paciente possa formar coágulos sanguíneos estáveis.

A hemofilia congênita é uma doença conhecida e com tratamento estabelecido, porém ainda existe uma outra condição mais rara que requer atenção: a hemofilia adquirida.

O diretor de Biofarma da Novo Nordisk Brasil, Fábio Tibério Zunhiga, explica que ainda não se entende completamente a origem da hemofilia adquirida. Segundo ele, essa condição pode ocorrer em pacientes de ambos os sexos, principalmente nas faixas entre 23 e 40 anos e de idade avançada, entre 65 e 84 anos. Já a hemofilia congênita é diagnosticada na infância e tratada pelo restante da vida.

Mulheres jovens no período pós-parto, pessoas com câncer ou doenças autoimunes também estão entre os mais suscetíveis para a hemofilia adquirida. Ainda assim, vale frisar que metade dos casos se dá de maneira idiopática, ou seja, médicos e cientistas não conseguem identificar uma causa para seu desenvolvimento.

O diretor Fábio Tibério Zunhiga explica quais são sintomas da hemofilia adquirida, que estão relacionados ao sangramento.

“Na hemofilia adquirida os sintomas mais comuns são sangramentos de tecidos moles, como de peles e músculos. Nesse casso pode haver dor, mas o principal sintoma é visível que são os hematomas que são formados”

Por conta da incapacidade do organismo em formar coágulos estáveis podem ocorrer como sintomas os sangramentos espontâneos e persistentes, sendo os mais comuns os hematomas extensos e sangramentos nas mucosas, como boca e nariz. Em alguns casos, dor e rigidez nas articulações também são vistos.

Vale lembrar que, em uma doença severa como a hemofilia adquirida, o tempo é decisivo. Isso porque a mortalidade pela doença pode variar de 3,3% nas exceções em que é identificada rapidamente, até 41%, quando os pacientes não são tratados. O diretor Fábio Tibério Zunhiga explica que o tratamento pode salvar vidas.

“Na hemofilia adquirida, o tratamento pode ser dividido em duas frentes. Uma frente que é mais imediatista, que é de controlar um sangramento, um sangramento mais grave pelo qual ele vai identificar a hemofilia adquirida, controlar esse sangramento para que isso não traga risco de vida. Mas além disso, existe um tratamento que é a cura definitiva dessa condição, que é um tratamento com medicamentos para erradicar esse anticorpo. E com essa erradicação do inibidor, o paciente fica curado”.

A falta de conhecimento sobre a doença atrasa o diagnóstico e pode implicar em mais sofrimento para o paciente, além de aumentar a mortalidade. Por conta disso, o alerta da Novo Nordisk para o Dia Mundial da Hemofilia traz a importância da informação como melhor caminho para identificar a doença.

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