Por meio do esporte, a Instituição incentiva crianças e jovens a desenvolverem seus talentos, muitas vezes encobertos pelas dificuldades nas comunidades em que vivem.
Por Nizete de Souza Marques
Praticar esporte é essencial para a saúde e o bem-estar de qualquer ser humano. Através da atividade física é possível desenvolver autoconfiança, estimular a inclusão social e incentivar o respeito. É na infância e na adolescência, também, que o esporte se torna um importante aliado para desenvolver meninos e meninas e despertar seus talentos. Foi o que aconteceu com o jovem judoca, João Pacheco, de 12 anos, atendido pela LBV no Rio de Janeiro. O atleta que já é considerado uma promessa para o judô brasileiro, vem colecionando conquistas. Neste domingo (14), ele teve mais uma vitória: tornou-se medalha de ouro no Campeonato Brasileiro Região III. A competição aconteceu no Centro Pan-Americano de Judô localizado na Praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas/BA.
O Campeonato é referência para o esporte pois possui os principais atletas do país. Para esses jovens, é uma oportunidade de se consagrarem e conseguirem vaga nas principais seleções.
Entendendo a competição
João é faixa laranja e competiu na categoria peso 60kg. Na categoria, foram cinco atletas competindo. De acordo com as regras, todos deveriam revezar em luta, competindo um contra o outro. Pacheco teve três vitorias por ippon (quando o adversário cai de costas ou quando ele é imobilizado por 20 segundos no chão). Esse resultado fez com que o jovem judoca ocupasse o lugar mais alto no pódio.
Para o coordenador de esportes da LBV- RJ, Sérgio Euzébio, que também acompanhou o jovem na sua passagem pela Bahia, a vitória de João já havia sido conquistada desde o início do ano. “Essa medalha de ouro ele conseguiu desde janeiro, quando retornou aos treinos. Ele passou quase oito meses afastado por causa de uma contusão no joelho. Nós achamos que ele não ia retornar aos treinos, que ficaria com medo de se machucar novamente, mas ele é guerreiro, se superou e voltou. Então cada treino que ele concluía, era uma medalha de ouro para ele”, completou. Quando perguntado sobre o que essa vitória representou, Euzébio abaixou a cabeça, ficou em silêncio por alguns segundos e emocionado respondeu: “Estou sem palavras. A gente passou e passa por muitas situações, foi tudo muito difícil. Tem muita gente torcendo, a responsabilidade fica maior, a tensão fica maior, mas graças a Deus deu tudo certo”.
Essa foi a primeira competição do atleta, depois de ter ficado afastado. Diante das dificuldades do retorno, o garoto vinha sendo preparado também para um resultado não tão favorável para ele. “Eu sempre converso muito com ele. Faço questão de dizer que ele já um vencedor por estar competindo. Ele sabe que independente de ganhar medalha ou não, precisa lutar, tem que dar o melhor de si”, ressaltou o coordenador.