Por Débora Silveira – Assessora de Comunicação
Agricultores familiares, movimentos sociais, sindicatos e entidades ligadas à agricultura familiar e ao trabalho no campo se reuniram neste sábado, 18, em Malhada e, também, Palmas de Monte Alto, na região do Médio São Francisco, para debater e discutir os prejuízos que podem ser causados pela reforma da previdência aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, especialmente, os rurais, caso o projeto do governo Bolsonaro seja aprovado.
As Audiências Públicas “Não à Reforma da Previdência” são iniciativas dos deputados Waldenor Pereira (federal) e Zé Raimundo (estadual) em parceria com lideranças políticas dos municípios e têm por objetivo informar a população sobre os riscos aos direitos previdenciários e sociais representados por uma possível aprovação da reforma.
“A proposta do Bolsonaro é pior que proposta do Temer. É uma proposta que aumenta a alíquota, aumenta a contribuição; aumenta o tempo de contribuição do trabalhador, que terá que contribuir no mínimo 20 e no máximo por 40 anos; aumentam a idade mínima dos homens de 60 para 65 anos e das mulheres – que atualmente é de 55 anos – eles estão aumentando para 62 anos. Então, de uma forma geral, eles aumentam o tempo, aumentam a idade, e, no final, o benefício da aposentadoria vai acabar sendo menor, pois eles também mudaram a forma de se fazer o cálculo”, explicou o deputado federal Wldenor Pereira, que está acompanhando de perto o projeto na Câmara Federal.
Zé Raimundo alertou para o fato de ser preciso atenção da população e cobrança da sociedade de seus representantes no Congresso Nacional, para que “uma reforma, claramente, prejudicial ao povo” não seja aprovada. O deputado revisitou a história das lutas e conquistas sociais no Brasil para explicar o atual momento político.
“Neste caso da previdência, tem coisas que, às vezes, a gente não percebe. Se a sociedade quer ser sadia, a riqueza nacional tem de ser dividida para a gente garantir isso. Nós vínhamos construindo essas possibilidades com as políticas sociais do nosso governo, com a valorização dos homens e mulheres trabalhadores, com o crescimento e fortalecimento do mercado de trabalho, com a distribuição de renda, com a qualificação da população. Mas a elite raivosa, desumana, quer destruir essas conquistas históricas”.
Os eventos contaram com grande representatividade política da região.
Em Malhada, estavam presentes diversas entidades como a Fetag (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar da Bahia), o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Malhada (STTR), a Contag (Confederação dos Trabalhaores Rurais na Agricultura), a Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB), o Polo Sindical, além do ex-prefeito Gimmy Ramos; do presidente da Câmara Municipal, Manuel Messias; dos vereadores Manuel Rufino,Juliene, Cristiano e Rafael; dos companheiros Roberto (presidente do PT), Raimundo de Basileo (presidente do STTR), Salvador (secretário STTR), Mirtes (representante das Associações Rurais) e Neto (representante dos Assentamentos).
Já em Palmas de Monte Alto as lideranças presentes foram o prefeito Manoel Rubens, as vereadoras Adenúsica e Selma, o presidente do PT, Carlos Porto, o presidente do Grupo de Economia Popular de Palmas de Monte Alto – GESP, Badaró e o diretor do Sindicato dos trabalhadores Rurais (STR) de Palmas de Monte Alto, Fabrício.
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