Fim da greve foi decidido na última quarta-feira (12), após acordo dos professores com o governo do estado.
Por G1 BA
As aulas na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), cidade a 100 km de Salvador, foram retomadas nesta segunda-feira (17). As atividades acadêmicas retornaram depois do fim da greve dos professores, que durou 65 dias.
No entanto, as aulas na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Salvador e Eunápolis, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) só devem retornar depois do recesso junino, por decisão dos estudantes, que fazem uma paralisação para pedir investimentos nas unidades de ensino. [Confira situações das instituições abaixo]
Uneb
Estudantes da UNEB fazem greve em Salvador e Eunápolis
De acordo com a Uneb, os professores da instituição retomaram as aulas com manutenção das ações previstas no calendário acadêmico nos 24 campi, nesta segunda. No entanto, nos campi de Salvador, no bairro do Cabula, e em Eunápolis, no sul do estado, os estudantes fizeram uma paralisação e impediram a entrada dos professores.
Na capital, os alunos só permitiram a entrada de funcionários dos setores administrativo e da manutenção.
Uefs
Após mais de dois meses de greve, novo calendário acadêmico é aprovado na Uefs
Os professores da Uefs retornaram às aulas nesta segunda. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da universidade aprovou ajustes no calendário acadêmico referente ao semestre.
Com o retorno, ficou definido também que o último dia letivo deste período será no dia 24 de setembro.
Uesc
Na Uesc, os professores retomaram a rotina nesta segunda. No entanto, os estudantes também decidiram fazer uma paralisação, em assembleia.
De acordo com os universitários, com a proximidade de feriados e dos festejos juninos, o calendário não ficou favorável para os alunos que moram fora das cidades onde a Uesc tem campi.
Uesb
Na Uesb, os professores também voltaram às salas de aula nesta segunda, mas os estudantes de alguns cursos decidiram manter as atividades paralisadas. As aulas só retornarão depois do recesso junino. Não foram divulgados os motivos da paralisação, nem a data de volta.
A greve
A greve dos professores das universidades estaduais da Bahia começou no dia 9 de abril, quando os docentes iniciaram uma campanha salarial. A paralisação foi decidida em uma assembleia. Durante a greve, os salários dos professores ficou suspenso.
Na terça-feira (11), o governo do estado apresentou uma proposta aos professores, que prevê até 900 promoções em todas as instituições de ensino, recursos da ordem de R$ 36 milhões para que as quatro universidades apliquem em investimentos e o pagamento dos salários mediante reposição das aulas.