Uma apresentação belíssima, feita de fotos de ipês de todas as cores: vermelho, rosa, amarelo, branco, me foi enviada, há algum tempo, por uma grande amiga, a romancista catarinense Urda Klueger. Árvores inteiras, galhos, ramos, um festival de cores e formas, coisa das mais belas, coisa de Mãe Natureza.
Lembrei-me disso, hoje, ao ver um pé de ipê amarelo – aquele que se transforma no segundo sol da nossa rua, do qual já falei algumas vezes – e vi que as folhas estão começando a cair e nas pontas dos galhos estão despontando os botões que breve florescerão.
Sei que em outras regiões eles já floresceram, mas aqui o tempo meio fora de esquadro atrapalha um pouco as estações e as flores também estão desabrochando, algumas mais cedo, outras mais tarde. Como o ipê, que se veste de ouro, a azaleia também está belíssima e o flamboiã e o jacatirão, também estão florescendo. O meu pé de manacá-da-serra, o jacatirão de inverno, está florescido desde maio. Não é uma generosidade imensa da Mãe Natureza?
O certo é que minha rua tem, novamente, o seu sol particular e um tapete de luz para os seus caminhantes, como em todos os anos.
E por falar em tapete, os amores-perfeitos estão lindos. Os flocs, que florescem no verão, estão começando a florescer agora. E os hibiscos, ah, os hibiscos estão fantásticos: o branco com vermelho está sempre com cerca de dez flores abertas em cada pé, às vezes mais, o vermelho dobrado também está seguidamente florescido, com quatro, cinco, seis flores abertas de uma vez só. E o hibisco alaranjado, então, dá dúzias de flores todos os dias. Sem contar os outros tipos, mais um dez deles.
O inverno trouxe muitas flores para o meu jardim. O frio do inverno não impediu que as flores colorissem com toda a força.Com tempos mais quentes, como ficarão as flores do meu jardim? Elas resistiram ao inverno, mesmo aquelas que não são de inverno, mas resistirão ao calor inclemente do verão? Espero que sim.