DA REDAÇÃO
A Câmara Municipal de Guajeru aprovou por unanimidade, na sessão ordinária do último dia 17, a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar indícios de possíveis fraudes em pagamentos de pessoal feitos pela Prefeitura Municipal. O Requerimento para instauração da CEI foi subscrito pelos vereadores Gilberto – de Zeca – Pires Cangussu (DEM), Irmo – Loza – Gomes dos Santos (Progressistas), Jânio Fábio Rocha Aguiar (progressistas), Luslene Maciel Ferreira Araújo (PRB) e Nilson – Enfermeiro – Mesquita da Silva (MDB).
A CEI foi requerida e será instalada, segundo revelou ao JS o vereador Irmo – Loza – Gomes dos Santos (Progressistas) a partir de fatos que já teriam sido comprovados pela Administração Municipal relacionados a fraudes nos cadastros e pagamento de pessoal da Prefeitura Municipal.
De acordo com o vereador progressista, uma prática comum no município teria sido usada por um servidor comissionado, do segundo escalão da Administração Municipal, para fraudar a folha de pagamentos. Segundo o progressista, em novembro do ano passado o prefeito Gilmar – Gil – Rocha Cangussu (PDT) teria suspeitado da fraude e instaurado um procedimento administrativo que comprovou o desvio de mais de R$ 300 mil.
A fraude, reforçou o vereador, consistia na não desvinculação da folha de pagamentos de servidores que pediam afastamento e abandonavam a cidade, a maioria indo para São Paulo. Esses servidores, segundo o vereador, eram teriam sido utilizados pelo Chefe do Departamento Pessoal para desvios de recursos do erário. Para tanto, continua Irmo – Loza – Gomes dos Santos, eram abertas contas fantasmas [em nome dos servidores desligados] e depositados os valores dos vencimentos.
De acordo com o vereador progressista, a sindicância aberta pelo prefeito Gilmar – Gil – Rocha Cangussu teria identificado inclusive a participação nas fraudes de um funcionário do alto escalão da agência bancária da cidade e duas empresas. O prefeito já teria, revelou o vereador, com as conclusões da sindicância, já teria formalizado queixa na Delegacia Territorial de Polícia Civil e acionado o Ministério Público Estadual, mas, inexplicavelmente, negou fornecer o relatório conclusivo da investigação para a Câmara Municipal.
Há, ainda, segundo o vereador Irmo – Loza – Gomes, a suspeita de que três vereadores da base e sustentação do Governo Municipal, que são servidores concursados licenciados da Prefeitura Municipal, cujos nomes não revelou, continuariam recebendo normalmente seus salários, além dos subsídios do Legislativo.
“A proposta da CEI não é caçar bruxas, mas ter acesso a informações detalhadas do esquema criminoso que teria sido instalado na Prefeitura Municipal e causou prejuízos ao erário. Depois de tentavas frustradas de ter acesso ao documento produzido pela Sindicância instaurada pelo prefeito, a solução foi requerer a instalação da CEI para que possamos analisar a situação e, se confirmada a fraude, ir ao Ministério Público para cobrar o ressarcimento e a punição de todos os envolvidos, independente de quem seja”, pontuou Irmo – Loza – Gomes.
A reportagem do JS tentou, sem sucesso, ouvir o prefeito Gilmar – Gil – Rocha Cangussu. Na sede da Prefeitura (telefone 3417-2252) a informação é que o gestor estaria em reunião e, tendo sido informado o assunto, que retornaria tão logo pudesse, o que não aconteceu. O prefeito também não atendeu e nem retornou as ligações feitas para seu telefone móvel celular (77 98829-**07).