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Famílias da zona rural de Palmas de Monte Alto ainda tem o candeeiro como uma realidade

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Da Redação

 

Vinte famílias do Povoado de Abóboras, na zona rural de Palmas de Monte Alto, continuam sem acesso à energia elétrica e à dignidade de poder desfrutar dos benefícios que a acompanham. Foto: Divulgação.

Um ano depois do JS publicar matéria [“Na zona rural de Palmas de Monte Alto candeeiro ainda é uma realidade” – Edição 639 – 09 a 23 de outubro de 2018], nada mudou para a população do Povoado de Abóboras, na zona rural de Palmas de Monte Alto, embora, à época, através da Assessoria de Comunicação, a concessionária dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica no Estado, Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba/Neonergia), ter assegurado que o Projeto Executivo referente à energização do Povoado de Abóboras, além de outros quatro [Covas de Mandioca, Lagoa dos Patos, Vargem Comprida e Caldeirão], já estaria concluído e que a execução das obras, no âmbito do Programa Luz para Todos, dependia apenas de aprovação pelo órgão ambiental, “uma vez que o local onde será implantada a rede de energia elétrica compreende área de preservação”, apontou a empresa.

Mais de trezentos e cinquenta dias se passaram, além das promessas de deputados e lideranças políticas de diferentes legendas – a maioria deles da base de apoio ao Governo do Estado – e a situação das cerca de vinte famílias das Comunidades de Lagoa da Posse e Água Verde, no Povoado de Abóboras, continuam desafiando a propaganda oficial dos Governos Federal e do Estado que sugere não haver mais brasileiros que antes viviam no escuro e hoje, graças ao Programa Luz para Todos, não tenha acesso à energia elétrica e à dignidade de poder desfrutar dos benefícios que a acompanham.

Foto: Divulgação.

beneficiada com a eletrificação, os moradores de Lagoa da Posse e Água Verde, no Povoado de Abóboras, continuam vivendo como a maioria dos brasileiros viviam no século passado, sem acesso à energia elétrica e sonhando apenas em poder dispor em suas casas de geladeira, televisão, chuveiro elétrico, liquidificador e carregador de celular, como tem destacado o líder comunitário Anielton Lima nos inúmeros ofícios encaminhados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), à Secretaria Especial de Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, ao Ministério Público Estadual, ao Governo do Estado, à concessionária dos serviços de distribuição de energia elétrica no Estado (Coelba/Neonergia) e a parlamentares baianos votados na região.

“Somos uma ilha eletrificada, mas não temos energia”, pontua Lima, destacando que, em maio último, uma terceirizada da concessionária de distribuição de energia elétrica na Bahia chegou a marcar postes, possivelmente com dados referente ao projeto de eletrificação das comunidades ainda não atendidas, mas de lá para cá nenhuma ação efetiva foi realizada.

Para desespero dos moradores, a previsão datada em 2018 pela concessionária dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica (Coelba/Neonergia) deverá se confirmar e o projeto somente ser executado em 2021. Não há expectativa que a realização de eleições municipais em 2020 possa contribuir para que a população seja atendida, embora os moradores das Comunidades de Lagoa da Posse e Água Verde, segundo o líder comunitário, não descartem que o projeto faça parte das promessas de candidatos que “certamente vão bater em nossas portas para pedir voto”.

“Somos uma ilha eletrificada, mas não temos energia”, desabafa o líder comunitário Anielton Lima. Foto: Divulgação.

Outro lado

 

O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Infraestrutura de Transporte, Energia e Comunicação da Bahia foi questionada pela reportagem do JS, através do endereço eletrônico ascom@seinfra.ba.gov.br, se teria havido algum problema em relação ao projeto; se há previsão para sua execução e o que estaria comprometendo a realização da obra. A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Infraestrutura de Transporte, Energia e Comunicação da Bahia ficou de buscar as informações junto ao Setor Técnico e à concessionária dos serviços públicos de energia elétrica no Estado (Coelba/Neonergia) para dar uma resposta, mas até o fechamento desta edição não retornou o contato.

A concessionária dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica no Estado, Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba/Neonergia), através de sua Assessoria de Comunicação Social, por e-mail, informou que a implantação da rede elétrica para atender às famílias das Comunidades de Lagoa da Posse e Água Verde, no Povoado de Abóboras, “estão dentro do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é 2021”. A concessionária destacou ainda que já teria realizado, em 2019, o atendimento a 130 famílias no Povoado de Abóboras, das quais 41 pelo Programa Luz para Todos.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744