Da Redação
DA REDAÇÃO
A Polícia Federal e a procuradoria Regional da República na Bahia deflagraram na manhã desta terça-feira, 19, a Operação Faroeste, que tem por objetivo desarticular um suposto esquema criminoso de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia. Os envolvidos no suposto esquema criminoso também são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico influência.
De acordo com as primeiras informações da Assessoria de Comunicação da Polícia Federal na Bahia, cerca de 200 agentes, acompanhados de Procuradores da República, estão envolvidos na ação e cumprem quatro mandados de prisão temporária e 40 mandados de busca e apreensão em Fóruns, gabinetes, escritórios de advocacia, empresas e nas residências dos investigados, nas cidades de Salvador, Barreiras, Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia, no Estado, e também em Brasília. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e têm por objetivo localizar e apreender provas complementares dos crimes praticados.
Ainda segundo a Polícia Federal, há mandados determinando o afastamento por noventa dias das funções de quatro desembargadores e dois juízes. Informações ainda não confirmadas dão conta de que os desembargadores alvos da ação da Polícia Federal são o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Gesivaldo Nascimento Britto, e as desembargadores Maria da Graça Osório Pimentel Leal, Maria do Socorro Barreto Santiago e Sandra Inês Moraes Rusciolelli. Os nomes dos advogados investigados e alvos da Operação não foram divulgados.
Outro lado
O Tribunal de Justiça da Bahia, através da Assessoria de Comunicação Social (71 3483-3731), informou à reportagem do JS que ainda não teriam elementos para comentar a ação da Polícia Federal e Procuradoria Regional da República. Uma nota oficial será distribuída à imprensa tão logo sejam apuradas as motivações das decisões do Superior Tribunal de Justiça.
Ouvido pela reportagem do JS, por telefone (71 99200-**69), o advogado Thales Habbib, defensor da desembargadora Maria da Graça Osório Pimentel Leal, disse que não iria ainda se pronunciar em relação à determinação do Superior tribunal de Justiça em relação à cliente. “Nesse momento nos reservamos a não fazer qualquer comentário. Estamos nos inteirando do processo e posteriormente vamos nos pronunciar”, pontuou o advogado.
A reportagem do JS não conseguiu contato com os demais desembargadores envolvidos na operação.