2019 foi, para mim, o melhor ano de todos, mas com algumas grandes tristezas, também. Complicado, não é? Mas foi isso mesmo. Ao chegar ao fim de mais um ano e revisando o que de mais importante aconteceu, constato que tivemos pequenas e grandes felicidades, incomensuráveis felicidades. Mas também tivemos notícias que não gostaríamos de ter, daquelas que que a gente não consegue aceitar.
Comecemos com as pequenas felicidades: no início do ano, saímos de viagem com o sobrinho adolescente e voltamos à Itália, à França e Portugal. Foi muito bom matar a saudade de tantos lugares fantásticos, repletos de história em Roma, matar a saudade das cidades da Côte D´Azur, como Nice, Cannes, Menton, Antibes, Villefranche, Eze, Mônaco e outras. Principalmente Nice, cidade encantadora, onde nos hospedamos, pois minha filha Fernanda mora lá – nem preciso dizer que ela foi nosso guia. E sempre é um grande prazer voltar a Portugal, também, onde passamos a maior parte do mês de janeiro. Revisitamos vários lugares, cidades como Lisboa, Porto, Sintra, Guimarães, Coimbra, Aveiro, Óbidos, Setúbal, Évora, Cascais, Peniche, etc. Passamos o Natal na Itália, o Novo na França e janeiro em Portugal.
Em abril, voltamos à Portugal para ficar seis meses, sabem porquê? Porque nascia nosso primeiro neto, Rio, o nosso neto Português. Querem felicidade maior do que isso? Moramos por mais seis meses em Lisboa para ver Rio crescer quase todos os dias. Aproveitamos a oportunidade de estar morando em Portugal para conhecer os Açores e fomos também conhecer o Egito e conhecer Barcelona, na Espanha, onde já conhecíamos Cádiz, Madri e Santiago de Compostela. Mas o neto Rio foi a cereja do bolo, uma grande, imensa felicidade. Uma alegria que chegou para nos acompanhar, pois vê-lo crescer é o maior presente. Ser avô é uma coisa que não dá para traduzir em palavras, um sonho acalentado que finalmente se tornou realidade, graças à Daniela, a filha bailarina que mora em Lisboa e Pierre, o cantor, compositor, produtor, apresentador e escritor que divulga pelo mundo a música brasileira, a música portuguesa e a música do mundo. Uma felicidade tão grande que a gente fica duvidando se realmente merece.
Então, enquanto Rio crescia, notícias doídas nos foram dadas: um irmão que fica seriamente doente e um sobrinho que já nasce doentinho. É claro que a felicidade, mesmo quebrada com grandes dores, nos dão esperança e fé, que nos dão a certeza de que o o próximo ano será ainda melhor do que este, com mais e maiores felicidades, sejam elas a recuperação desses entes queridos.
De maneira que este foi o melhor ano de todos, porque Rio chegou para nos tornar avós, mas também foi um ano mau porque trouxe dores para pessoas muito importantes em nossas vidas. Mas, como já disse, 2020 vem chegando e será um ano melhor, muito melhor. Tenho a certeza e a convicção de que será um ótimo ano. Então recebamos o novo ano com fé e determinação de fazê-lo melhor. Para todos nós. Como já dizia Drummond, “o ano não vai ser bom assim como que por enquanto. Precisamos merecê-lo, precisamos construí-lo.” Então, façamos um bom 2020. Como diria o Mário Mota, “vamos fazer um bom dia, uma boa semana, um bom ano.” Vamos sim.