Da Redação
A prefeita de Anagé, advogada Elen Zite Pereira dos Santos (PDT), anunciou no último dia 14 que não disputará a reeleição. O anúncio foi feito após uma reunião com lideranças do grupo que dá sustentação política à Administração Municipal na Câmara de Vereadores, da qual também participou o ex-prefeito Elbson – Bibi – Dias Soares (PSD).
A prefeita não detalhou para a imprensa os motivos que justificaram sua decisão. Na oportunidade, Elen Zite Pereira dos Santos formalizou o apoio à pré-candidatura do presidente da Câmara Municipal, vereador Rogério Bonfim Soares (PSC).
Ao fazer os anúncios, a prefeita destacou que o grupo vai estar unido em torno do nome do vereador Rogério Bonfim, que terá a missão de não permitir que haja retrocessos na condução política e administrativa do município.
Uma gestão pautada na quebra de paradigmas
A gestão Elen Zite Pereira dos Santos vai ser lembrada pela ousadia no enfrentamento do desafio de reestruturar a máquina pública. Tendo assumido a Prefeitura Municipal de Anagé, em janeiro de 2017, em meio ao caos administrativo e financeiro herdado da antecessora, petista Andreia Oliveira Silva, que, consumado o resultado das urnas, literalmente, abandonou a cidade, Elen Zite Pereira dos Santos (PDT) promoveu uma série de ações para sanear as finanças, resgatar a credibilidade do ente público e reorganizar a máquina pública.
Para reestruturação da máquina administrativa, a prefeita Elen Zite adotou medidas ousadas, entre as quais a realização de concurso público para provimento da maioria dos cargos na Prefeitura, medida que, ainda que tivessem sido positivas para o conjunto da população, desagradou a uma minoria de lideranças políticas e comunitárias, que se valiam dos empregos públicos para manter suas bases e, por consequência, comprometeu a governabilidade.
Não bastasse a decisão de cortar privilégios e adequar o quadro funcional às normas previstas na legislação, a prefeita também reorganizou a estrutura da Secretaria Municipal de Educação, remanejando alunos para otimizar os recursos humanos e financeiros. Essa decisão também não foi bem recebida, a princípio, por pais, alunos e profissionais da Educação (gestores, professores e pessoal de apoio), mas efetivada tem sido importante para que o município possa avançar na melhoria da qualidade da Educação.
As medidas adotadas pela prefeita para reorganizar a casa, naturalmente, refletiram nos índices de aprovação da gestão e podem ter influenciado a decisão da prefeita de não disputar a reeleição, mas, seguramente, vão ser lembradas como determinantes para que o município pudesse avançar em pautas de atendimento à demandas históricas da coletividade, que assegurem a atração de investimentos produtivos e incentivo à novos empreendedores e, a partir disso, um desenvolvimento que promova a melhoria da qualidade de vida da população.