Quase final de semana de novo, estamos no final do mês de abril. Os últimos dias mesclam o sol, lindão, conferindo a luz única de Lisboa, com nuvens, que deixam a cidade cinza. Procuramos tomar um pouco de sol na sacada, pois procuramos não sair de casa, só em caso extemo. E hoje tive que sair, de novo, para ir ao supermercado, comprar um bacalhau, uma dourada para assar, que é um peixe delicioso. E tem um pouco mais de pessoas nas ruas do que a última vez que saí. Acho que essa pequena debandada, aliada à necessidade de reativação da economia, influiu na decisão das autoridades portuguesas no começo da liberação para abertura de parte do comércio, volta ao trabalho, etc. Eles tinham cogitado começar a autorizar a abertura de parte do comércio para o dia 11 de abril, depois para uma data mais perto e hoje anunciaram que segunda-feira começa o recomeço.
Não que a pandemia tenha acabado, que ela continua “estável” aqui em Portugal: o número de mortes é mais ou menos igual nos últimos dias – vinte, vinte a poucos por dia -, os testes continuam sendo feitos e o numero de infectados continua a aumentar . Pouco, mas continua. E são feitos muitos testes, talvez não o suficiente, mas muitos. Como será com muita gente nas ruas, fora de casa? As escolas não abrirão, pelo menos a princípio, e os pais que precisam ficar com os filhos menores de doze anos em casa continuarão a ter o subsídio para sobreviverem (parte do salário), pois o prazo do benefício era para três meses. Será que a curva da pandemia, que agora está “estável” ou até em pequena descendência, continuará assim?
No Brasil, a liberação incentivada pelo presidanta não está resultando. De ontem para hoje foram mais 474 mortes. É assustador como esse número aumentou em 24 horas: quase duzentas pessoas a mais! E quase quinhentas pessoas mortas em um dia é terrível, o Brasil está indo no mesmo caminho dos Estados Unidos. Será que o exemplo de outros países como Itália, Espanha, Estados Unidos, não serviu para nada, nosso presidanta não está vendo isso? Deus proteja nosso Brasil. Brasileiros, cuidem-se, por favor. Está totalmente fora de controle. Parece que, graças ao presidanta, o pico chegou. E ele poderia ser bem mais ameno.
E já que hoje o diário não está ameno nem bem humorado, vou transcrever uma coisa que achei na internet, sem autor, mas com a data de hoje:
“Para não esquecer.
Data: Terça, 28 de abril de 2020.
– Estamos há 39 dias de isolamento social.
– O dolar está valendo R$ 5,72, o euro R$ 6,27.
– As escolas estão fechadas.
– Há linhas/fitas dentro das lojas para afastar as pessoas.
– Bares e restaurantes somente para entrega em domicílio.
– Parques, praias e locais de passeio não estão acessíveis ao público.
– Todas as competições esportivas foram canceladas.
– Todos os festivais e eventos de entretenimento foram proibidos.
– Casamentos, celebrações de família e aniversários foram cancelados.
– As crianças estão sem contato com outras crianças, com os avós e tios.
– Abraços e beijos são proibidos.
– As igrejas estão fechadas.
– Temos que nos manter afastados uns dos outros por mais de um metro.
– Escassez de máscaras e luvas nos hospitais.
– Há menos respiradores artificiais do que deveria haver.
– Não se encontra álcool gel facilmente.
– Os EUA e a Europa fecharam as suas fronteiras.
– Ninguém mesmo está viajando por lazer. Aeroportos vazios. O Turismo tem a pior crise da história.
– Há pouco mais de uma semana, Bolsonaro substituiu o ministro da saúde para acabar com o distanciamento social;
– Ministro da justiça Sérgio Moro pediu demissão. Bolsonaro queria interferir nas investigações no STF para proteger seus filhos.
– Pessoas em Manaus estão sendo enterradas em valas comuns;
– Ontem o ministro das relações exteriores disse que a Covid 19 é um complô comunista organizado pela OMS, além de criticar o que chamou de cientificismo.”
Vamos parar por aqui, que nem eu aguento mais. Torcer para que amanhã seja melhor.