redacao@jornaldosudoeste.com

LIVE da FEMAMA discute importância dos testes genéticos para câncer hereditário de mama e ovário

Publicado em

Reunindo quatro cientistas brasileiros que compõem o grupo responsável por recomendar as diretrizes para teste e aconselhamento genético de pacientes com câncer hereditário de mama e ovário evento será realizado no canal da FEMAMA do YouTube, no dia 21 de maio, às 17 horas.

 

Por Assessoria de Imprensa FEMAMA

 

A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) realiza na quinta, dia 21, às 17 horas, a LIVE Testes Genéticos para Câncer Hereditário de Mama e Ovário, que propõe discutir a importância do aconselhamento genético e rastreamento hereditário. O evento acontecerá no canal da FEMAMA no YouTube, femamaorg.

Representando a FEMAMA, a Live terá a presidente voluntária Dra. Maira Caleffi, Chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento e Líder do Comitê Executivo do City Cancer Challenge Porto Alegre. Os demais convidados são Dr. Rodrigo Guindalini, oncogeneticista da Rede D´Or São Luiz, em Salvador e pesquisador do Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP); Dr. Renato Moretti Marques, cirurgião ginecológico do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e Dra. Angélica Nogueira Rodrigues, oncologista clínica, presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A mediação será do jornalista André Biernath, repórter da revista Saúde é Vital e presidente da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência (RedeComCiência).

Os quatro cientistas estão entre os autores que publicaram em março, no Journal of Global Oncology (JGO), revista científica da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), as diretrizes para o avanço do diagnóstico e manejo dos pacientes que apresentam mutações genéticas associadas ao câncer de mama e ovário hereditário (HBOC). O estudo está disponível em https://ascopubs.org/doi/10.1200/JGO.19.00170.

CÂNCER DE MAMA E OVÁRIO HEREDITÁRIO – Cerca de 1 entre 10 casos de câncer de mama e 1 entre 4 casos de câncer de ovário são associados com alterações genéticas que foram herdadas. Em 2020, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama deve ser diagnosticado em 66,2 mil mulheres e o câncer de ovário deve registrar 6,6 mil novos casos no país.

Aproximadamente 50% das pacientes com câncer de mama e ovário hereditário apresentam mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. As pacientes portadoras destas mutações genéticas têm, respectivamente, risco de 85% e 45% de desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Para essas mesmas alterações hereditárias, o risco de desenvolver câncer de ovário em algum momento é de 39% e 11%.

Apesar destas serem as alterações genéticas mais comuns em pacientes com câncer de mama e ovário hereditário, é importante, afirmam os cientistas, oferecer o rastreamento que contemple um maior painel de genes.  O risco é aumentado também quando há mutações nos genes TP53, PTEN, STK11 CDH1 e PALB2, CHEK2, ATM, NF1, RAD51C e BRIP1.

INCLUSÃO NO SUS – Lutar pela inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) e pela ampliação da cobertura na saúde suplementar dos testes e aconselhamento genético de câncer hereditário. Essa é a principal missão dos cientistas brasileiros que compõem o conselho de notáveis na área. O maior gargalo está no SUS, no qual não há cobertura para nenhum painel de genes.

“Oferecer o acesso ao aconselhamento genético é, comprovadamente, reduzir o risco de desenvolvimento da doença e oferecer melhor taxa de sobrevida para mulheres que possuem histórico de câncer de mama e ovário. Os benefícios são ainda mais evidentes quando o teste é estendido aos membros da família”, explica a presidente voluntária da FEMAMA, Maira Caleffi.

PLANOS DE SAÚDE – Atualmente, a Agência Nacional de Saúde (ANS) regulamenta a cobertura obrigatória para pacientes com câncer de ovário do tipo epitelial independente de história prévia familiar ou pessoal da doença; câncer de mama abaixo dos 35 anos; câncer de mama e/ou ovário em familiar de 1º, 2º e 3º antes dos 50 anos; homens com diagnóstico atual ou prévio de câncer de mama em qualquer idade e independente da história familiar; pacientes com câncer de pâncreas; pacientes com câncer de próstata (escore de Gleason ≥ 7) com dois ou mais familiares de 1º, 2º e 3º graus do mesmo lado da família com câncer de mama e/ou ovário e/ou pâncreas ou próstata, dentre outros critérios.

Sobre a FEMAMA

A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama é uma organização sem fins econômicos que trabalha para reduzir os índices de mortalidade por câncer de mama em todo o Brasil, lutando por mais acesso a diagnóstico e tratamento ágeis e adequados. Com foco em advocacy, a instituição busca influenciar a formação de políticas públicas para defender direitos de pacientes, ao lado de 70 ONGs de apoio a pacientes associadas em todo o país. Conheça nosso trabalho: www.femama.org.br 

 

 

Foto de Capa: Pixabay.

Deixe um comentário