Por Ascom/INB
Como forma de apoiar a economia do entorno de suas unidades e cumprir a demanda da empresa face à retomada das atividades presenciais, a INB solicitou a produção de aproximadamente 7 mil máscaras em tecido, e quem atendeu ao pedido foram costureiras autônomas de Resende/RJ, Itatiaia/RJ e Caetité/BA. As máscaras serão distribuídas a empregados e estagiários em todas as unidades, como forma de aumentar a proteção contra o novo coronavírus durante o expediente. Em Caetité, foram encomendadas 1.650 máscaras.
De acordo com o presidente, Carlos Freire Moreira, a escolha dos fornecedores se deu devido ao senso de responsabilidade que a empresa mantém com relação às comunidades no entorno das Unidades.
“Optamos por comprar com costureiras do entorno das unidades como forma de oportunizar um trabalho para elas, uma geração de receitas e recursos num momento muito difícil. O grande fator motivador foi esse: promover esse pequeno comércio, essa pequena indústria, vamos dizer assim, artesanal. Estamos dando uma pequena contribuição que somada a ajuda de outras empresas e de outras pessoas podem gerar muito benefícios nesse período. Não importa o tamanho da ajuda, o que importa é que ela seja feita. É o somatório de todas as pequenas e médias ações que faz a diferença”, explicou.
A artesã Célia Regina da Silva, moradora do distrito de Engenheiro Passos, em Resende/RJ, onde está localizada a Fábrica de Combustível Nuclear – FCN, trabalhou ao lado de duas colegas na produção das máscaras.
“Nós fazemos produtos em tecidos para a comunidade, mas nunca havíamos tido uma encomenda tão grande. Foi um desafio que ficamos honradas em aceitar e muito felizes por entregar dentro do prazo. Os frutos deste trabalho nos ajudarão muito, principalmente neste momento de incerteza que estamos vivendo”, resumiu Célia.
Nas comunidades próximas à Unidade de Concentração de Urânio (URA) por exemplo, sete profissionais aceitaram esse desafio. São costureiras de Maniaçu, Juazeiro e São Timóteo, já tradicionais nesses locais e também novatas no ramo. Seja com equipamentos mais modernos e elétricos ou com máquinas centenárias ainda movidas a pedal, todas executaram com maestria a atividade a que se propuseram e entregaram material no prazo.
Maria Carmem, conhecida com Nuga, por exemplo, destacou que as outras atividades que trazem renda para casa estão paradas. “Faço bolo e tenho um salão está tudo parado. Esse dinheiro será bem-vindo para pagar algumas contas”, disse.
Algumas herdaram essa profissão e as máquinas das mães e até avós, como Sone Soneli que recordou o tempo em que aprendeu a costurar com a avó. Também Nuga herdou a máquina da mãe que a ensinou a costurar desde pequena.
Teve quem começou fazendo as máscaras para os de casa e depois descobriu que poderia ajudar outras pessoas se expandisse a produção. Maria Clara conta que já havia se disponibilizado no grupo da associação. Modesta diz não ter muita prática, mas tem paixão, por isso aceitou o desafio. “Sei que é para a prevenção da saúde. Espero que seja bem aceita e que todos usem com os devidos cuidados”, ensejou.
Freire acrescenta ainda que a INB está planejando e estudando novas formas para poder ajudar. “Como empresa estatal dependente do governo é vedada de fazer doações em ano eleitoral. Essa ação com as máscaras já foi uma forma de tentar ajudar e nós estamos visualizando outras maneiras, mas aí no sentido de voluntariado do nosso pessoal, tão logo voltemos as atividades normais”, adianta.