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“Ligue 180 já está pronto para receber denúncias”, garante secretária sobre casos de violência política

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Por Assessoria de Comunicação Social do MMFDH

edidas adotadas para garantir maior participação feminina durante as Eleições 2020 foram compartilhadas pela secretária nacional de políticas para as mulheres durante o webinário “Violência Política contra as Mulheres nas Eleições”. No evento virtual, promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados em parceria com a ONU Mulheres, nesta sexta-feira (18), Cristiane Britto destacou o papel de um grande aliado nesse processo: o Ligue 180.

“O Ligue 180 está pronto para receber todo tipo de denúncia de violência política contra a mulher. É válido destacar, que essas denúncias serão encaminhadas para o Ministério Público Eleitoral”, afirmou ao anunciar que as 300 atendentes que farão o atendimento das denúncias já foram capacitadas.

A titular da SNPM também aproveitou a oportunidade para explicar um pouco do projeto Mais Mulheres na Política. “Lançamos um projeto suprapartidário, que conta com uma maratona online, conduzida pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Mais de 50 mil mulheres candidatas e equipes de campanhas serão capacitadas”, contou.

“A capacitação ocorrerá por meio de uma plataforma digital, onde serão disponibilizadas aulas práticas com informações precisas e diretas”, completou a secretária ao lembrar que as inscrições podem ser feitas no site da campanha.

Durante o webinário, também foram abordados, entre outros temas, as causas, as consequências, os impactos da violência para a democracia representativa, as experiências vivenciadas, os desafios para a superação e o combate à violência política contra as mulheres, além da necessidade de maior participação feminina nos espaços de poder.

A representante da ONU Mulheres, Ana Carolina Querino, apresentou dados sobre a violência política. “Estudo da União Parlamentar Internacional mostra que quase 82% das mulheres que estão na política já experimentaram algum tipo de violência psicológica. Quase 45% já receberam algum tipo de ameaça e que 25% já experimentaram violência física no espaço do parlamento. Ainda de acordo com o levantamento, mais de 20% têm experimentado assédio sexual. A violência política contra a mulher é uma violação básica de direitos humanos”, relatou.

Após a participação das convidadas, as parlamentares que acompanhavam o evento apresentaram algumas considerações.

O evento contou com a presença da deputada Tabata Amaral; da coordenadora da Bancada Feminina, deputada Professora Dorinha; da integrante da Comissão Gestora de Política de Gênero do Tribunal Superior Eleitoral, Júlia Barcelos; da pós-doutora em Comunicação Política, Luciana Panke; da representante do Instituto Alziras, Michelle Ferreti; e da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, Mônica Oliveira.

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