A abertura do dia deve ser também a penetração das ações dentro dos sonhos contidos
Uma referência de como sacudir os planos executando bem, sem duvida, foi Juscelino.
Acredito que seu bom dia já era uma ordem. Fascinado pelo amanhecer e obcecado por fazer acontecer, pulava da cama para o canteiro de obras. A dinâmica de seu dia era apaixonante e eletrizante. Otimista com o relacionamento humano, se debruçava sobre o amanhecer com os olhos fixados no sol poente. Perseguia seus sonhos impulsionados pela clareza solar. Sem duvida nenhuma, era um homem diurno, porém amante do anoitecer porque sabia descobrir na noite as estrela a ser perseguidas com a entrada do sol. Tinha firmeza de propósito e seus imediatismos eram de uma inquietação invejável.
Seu amanhecer era porteira fechada dos currais cheios de gados. Procuravam medir seus passos cotidianos circunscritos ao espaço do curral. Não deixava, como o matuto, nenhuma vaca escapar. Alguns de seus sonhos procurava distanciar, mas ele, com seu laço certeiro, os fazia aproximar novamente, pois pouco restava para os novos amanheceres.
Não perdia nada com entrada do dia; inseria nele ração suficiente para que seus sonhos pudessem sobreviver à entressafra.
Suas utopias coletivas eram impulsionadas, a cada manhã, como uma locomotiva japonesa.
Este resultado de tanta ação era proveniente da paixão pela vida e pelo ser humano.
Seu amanhecer era mágico, e no circo chamado Brasil anestesiava o publico e invejava, com suas noites, qualquer estadista pragmático que sente a frieza das estrelas por está bem longe delas, e não como ele, que sentia o forte calor, pois os seus sonhos estavam bem perto do mundo realizável.