Comunidades dos estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe e São Paulo podem conferir acervo colaborativo criado pelo Conexão Comunidade
Por Vitor Giglio
Estudantes, professores, agentes culturais e comunidades de nove cidades já podem conferir todo o acervo construído pelo programa Conexão Comunidade em 2020. Podcasts, publicações, vídeos, jogos, quiz e o mapeamento completo das ações de 2020 podem ser vistos no site oficial www.conexaocomunidade.org.br. A iniciativa viabilizada pela VLI, conduzida pela Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC), e realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, já beneficiou cinco mil estudantes em todo o Brasil. O programa contemplou os municípios de Araguari, Arcos, Belo Horizonte, Patrocínio e Santa Luzia, em Minas Gerais; Alagoinha e Brumado, na Bahia; Barra dos Coqueiros, em Sergipe; e Cubatão, em São Paulo. “O Conexão Comunidade reforça o papel da VLI como parceira do desenvolvimento local por meio de iniciativas que aliam educação e cultura”, afirma Maria Clara Fernandes de Oliveira, Gerente de Sustentabilidade da VLI.
O Conexão Comunidade, que conta com o apoio das secretarias municipais de educação, atua no fortalecimento do patrimônio imaterial e de culturas locais por meio de uma série de atividades nas escolas, com ênfase no protagonismo juvenil, promovendo a reflexão e a mobilização para assuntos relevantes de cada comunidade. As atividades referentes à temporada 2020 do programa foram encerradas neste mês com nove lives. Na programação as atividades reuniram os respectivos agentes culturais de cada município para compartilhar o conhecimento levantado durante a temporada.
Com o objetivo de promover uma relação harmônica e segura entre a VLI e as comunidades próximas à sua operação, o programa é dividido em dois eixos: educação patrimonial e mobilização. O viés patrimonial do Conexão Comunidade busca contribuir para a valorização e o reconhecimento de elementos vinculados à cultura tradicional e ao bem patrimonial, diminuindo ações de degradação e ampliando sua referência para bairros e cidades que fazem parte do projeto. Para isso, ele promove a capacitação de professores da rede pública de ensino sobre como desenvolver o tema patrimônio em sala de aula e possibilita aos alunos conhecerem e redescobrirem os locais onde moram e que formam parte de sua história como cidadãos. “O objetivo é incentivar os participantes a refletirem sobre seu próprio patrimônio, sobre o território onde vivem, sobre suas referências culturais que desejam preservar e perpetuar”, explica Raissa Fernandes Faria, da Agência de Iniciativa Cidadã (AIC), coordenadora do projeto.
De acordo com Raissa, o projeto passou por adequações para viabilizar o alcance das comunidades-alvo em razão do cenário imposto pela pandemia, “Criamos uma ampla estratégia de ensino remoto, que contou com um material didático chamado “diário do explorador”, com atividades e videoaulas remotas para que os alunos pudessem seguir acompanhando nosso conteúdo”, explica.
Foram contemplados diretamente pelo programa em 2020 mais de 5 mil alunos de 19 escolas públicas distribuídas entre os nove municípios contemplados. Ao todo, 52 grupos e agentes culturais integraram o projeto, bem como 900 professores destas instituições de ensino participantes. Além disso, até o presente momento, os conteúdos disponibilizados no portal virtual foram acessados por mais de 10 mil usuários. Já as lives de encerramento tiveram audiência total de 3,2 mil pessoas.