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Polarização política pueril entre bolsonaristas e lulistas

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Discordar de Bolsonaro ou de qualquer outro político faz parte do jogo democrático de cada um poder se manifestar. Criou-se no país uma polarização política doentia e pueril: quem criticar Bolsonaro é lulista, petista e comunista; quem criticar Lula e o PT é bolsonarista e fascista.

Deve-se ter a responsabilidade de saber distinguir o joio do trigo. Essa polarização estúpida representa a mediocridade de quem vê o país passível de governança apenas por dois elementos, quando existem outros candidatos no país.

Sabe-se que a eleição de Bolsonaro foi uma alternativa de momento que se apresentou para derrotar o ciclo danoso do governo petista e que contava com o apoio de segmentos das Forças Armadas. Mas Bolsonaro ao realizar um péssimo governo ressuscita a figura corrupta de Lula.

Assim, Bolsonaro foi eleito simplesmente para derrotar o PT, e quem votou em Bolsonaro não votou porque tinha convicção de seu caráter ético e moral.

E hoje todos conhecemos a sua ética e moralidade no combate à corrupção, ao fisiologismo, ao toma lá, dá cá. Para não ser cassado se juntou ao Centrão, grupo de partidos que o general Augusto Heleno comparou a ladrões, ao cantarolar: “se gritar pega Centrão (ladrão) não fica um, meu irmão”, distribuindo cargos da República em troca de interesses solertes.

Contrariando a sua bandeira de combate à corrupção, Bolsonaro tenta hoje defender o seu filho, senador Flávio Bolsonaro, envolvido nas malhas da Justiça por ações não republicanas nas rachadinhas da Alerj e agora com a mansão comprada em Brasília.

Também apoiei Bolsonaro ao Planalto. Mas não esperava que ele fosse tão desequilibrado emocionalmente. O desrespeito aos indivíduos, às instituições, aos profissionais da imprensa, ao STF e ao não alinhamento às recomendações da OMS no combate à Covid-19, tudo isso revela que se trata de um presidente de atitudes prepotentes, déspotas e irresponsáveis.

Bolsonaro traiu a confiança de muitos dos seus eleitores, como traiu o ex-ministro Sérgio Moro, que largou a toga para servir ao governo e foi menosprezado.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745