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Queda de cabelo: dermatologista avalia causas do problema

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Joanne Ferraz, especialista e professora do curso de Medicina do Unipê, apresenta possíveis doenças e explica suas origens

 

Por Ascom/ Unipê

 

Identificar as causas da queda de cabelos das pessoas é um desafio, porque os motivos podem ser variados. E é por isso que a médica dermatologista Joanne Ferraz, do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), aponta os fatores que interferem nesse processo, que podem ser passageiros ou crônicos e decorrentes de possíveis problemas de saúde.

Em situações normais, é comum perder entre 60 e 100 fios de cabelo por dia, pois essa renovação faz parte do ciclo de crescimento capilar. No entanto, o problema se dá quando essa queda é excessiva. Ao perceber isso, a pessoa precisará buscar ajuda profissional.

“Devemos procurar um médico dermatologista para que seja feito o diagnóstico por meio da anamnese detalhada, do exame físico, identificando o padrão da perda de cabelos, e do exame dermatoscópico do couro cabeludo. Alguns exames complementares podem ser necessários para excluir outras possíveis doenças”, destaca a médica.

Questões genéticas podem ser decisivas para a queda dos cabelos. “É o caso da alopecia androgenética, doença caracterizada pela perda excessiva de cabelos ou calvície”, diz. Ela evolui ao longo dos anos e “pode acometer tanto homens quanto mulheres, e está relacionada ao efeito dos hormônios andrógenos nos folículos pilosos do couro cabeludo. Nas pessoas com predisposição genética para a doença, esses hormônios causam uma ‘miniaturização’ dos folículos pilosos, gerando a perda excessiva dos cabelos”, explica Dra. Joanne.

Segundo a especialista, a alopecia androgenética pode ser confundida com outras causas da perda de cabelos, como o eflúvio telógeno, no qual a queda é transitória e pode ser desencadeada pelo uso de alguns medicamentos, pós-parto, doenças da tireoide, infecções, nutrição inadequada ou até mesmo estresse intenso e prolongado, entre outros fatores. “As duas condições, isto é, a alopecia androgenética e o eflúvio telógeno, podem ocorrer em uma mesma pessoa ao mesmo tempo”, explica.

Diante disso, o tratamento da queda de cabelo deve ser direcionado para a sua causa. No eflúvio telógeno, devemos procurar corrigir os fatores que o desencadearam. Já na alopecia androgenética, o tratamento deve ser contínuo e inclui medicamentos de aplicação local (tópica) ou de uso oral, que visam estimular os folículos pilosos, capazes de produzir os fios, e inibir o efeito dos hormônios andrógenos no couro cabeludo, o que impede o avanço da doença. Em alguns casos, dependendo da gravidade da perda, é recomendado até o transplante capilar.

“O médico dermatologista é o profissional capacitado para fazer o diagnóstico das diversas causas de queda de cabelos, bem como para orientação, tratamento e acompanhamento”, finaliza a especialista.

Minicurrículo da especialista Joanne Elizabeth Ferraz da Costa:

Possui graduação em Medicina, residência médica em Dermatologia, além de Mestrado e Doutorado em Medicina Tropical. Possui título de especialista em Dermatologia emitido pela Associação Médica Brasileira e é associada titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 

 

Foto de Capa: g2health.com.br.

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