Não é de hoje que se percebe o grande avanço da tecnologia, inclusive a sua influência na geração mirim deste século. As crianças estão mais espertas e inteligentes, ao mesmo tempo burras e desinteressadas, por causa do seu contato prematuro com a tecnologia. Costumo chamar de “inteligência desbalanceada”, me referindo às crianças que possuem grandes habilidades ao lhe darem com aparelhos celulares e computadores, porém não conseguem sentar 5 minutos para fazer uma boa leitura de um livro, totalmente desinfluenciadas ao aprendizado intelectual, onde os xingamentos e palavreados de baixo calão fazem parte do seu cotidiano.
As crianças hoje em dia aprendem a pesquisar os seus vídeos no Youtube bem antes de aprender a escrever o próprio nome. Mas eu seria um idiota se me referisse apenas a crianças de 3 a 6 anos. Os jogos atuais em mãos de crianças indisciplinadas de 7 a 14 anos podem torná-los imbecis juvenis, pois acredito que o ensino pedagógico não está tecnologicamente preparado para lidar com essa nova geração de “crianças tecnológicas”, que estão sendo emburrecidas aos poucos.
Recentemente conheci uma criança de 8 anos, usando o seu Iphone 11 Pro Max para jogar o seu jogo preferido, o FreeFire. Eu estava fazendo uma leitura no meu Kindle, e então o garoto perguntou que tablet eu estava usando, então eu expliquei que não se tratava de um tablet e sim de um “E-reader“, um leitor de livros digital. Ele me olhou com seu olhar de indiferença infantilizada, e eu o perguntei se ele gostava de ler, ele deu de ombros e me disse que odiava ler, então foi nesse momento que percebi o quão perdida essa geração está.
A tecnologia é muito importante e indispensável, mas precisamos disciplinar e ensinar as nossas crianças a trilhar os caminhos mais nobres. A cerca disso estão os bons livros e os bons costumes, pois os pais são espelhos para os filhos. Não basta apenas culpar os vídeos, jogos e a tecnologia, mas sim quem os disciplinam.
Kadu Aguiar