Por Assessoria de Comunicação SDR/CAR
Segundo dados do Sebrae, o mercado de chocolates gourmet, fino ou premium, produzidos com amêndoa de cacau de qualidade, vem crescendo até três vezes mais do que o mercado de chocolate tradicional. Nesse cenário, os chocolates da Bahia Cacau, marca da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba), despontam no mercado.
Hoje, os chocolates Bahia Cacau estão sendo comercializados em 40 municípios baianos e em seis estados brasileiros, em supermercados, padarias, lojas de conveniência e de produtos naturais, restaurantes e plataformas marketplaces especializadas em delivery de alimentos, gerando um faturamento de R$900 mil ao ano para a cooperativa e uma renda mensal de cerca de um salário mínimo para os 104 cooperados.
A cooperativa processa 2.500 quilos de amêndoas de cacau por mês, sendo 1.000 quilos destinados para produção de Nibs e 1.500 quilos para produção de chocolate em barras de 80g e 20g, com percentuais de teor de cacau de 35%, 50%, 60% e 70%, bombons de chocolate com frutas desidratadas e geleia de cacau.
Os chocolates da Bahia Cacau têm como matéria-prima básica o cacau fino, produzido com cultivo agroflorestal Cabruca, à sombra das árvores nativas da Mata Atlântica, 100% livre de transgênicos, comprovado pelo Centro de Inovação do Cacau CIC, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Cerca de 30% das amêndoas são fornecidas por agricultores familiares de assentamentos de reforma agrária. A ação envolve cerca de 300 famílias agricultoras dos municípios de Ibicaraí, Coaraci, Buerarema, Itajuípe, Uruçuca e Floresta Azul.
Comercialização
Em Salvador, os chocolates são encontrados nas lojas do Cesol do Salvador Shopping e Salvador Norte Shopping, Porã Orgânico, Tarantino Restaurante, Deguste Saúde, Empório Nova Itapoã e, na loja In Nature, em Lauro de Freitas, plataforma digital da startup Escoaf (
www.escoarbrasil.com.br). Além da Bahia, os produtos são comercializados nos estados de São Paulo, Alagoas, Paraná, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e na cidade de Brasília.
O proprietário da loja Deguste Saúde, em Salvador, Wilde Robert Lima Garcia, atesta a qualidade do chocolate da Bahia Cacau: “São chocolates que têm um diferencial, quem tem um paladar apurado percebe logo a cremosidade e uma crocância ao mesmo tempo, que é devido ao tempo de fermentação e ao controle de temperatura da amêndoa. Pelo gosto que ele tem, nota-se que os nutrientes estão preservados, um diferencial da Bahia Cacau. É um produto da nossa terra, coisa boa, coisa fina, que não pode faltar na minha loja”.
Referência na produção de chocolates
Para chegar a esse resultado, o trabalho começa no campo e conta com investimentos de R$ 3 milhões do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, para melhoria da qualidade do cacau nas propriedades, aquisição de equipamentos para o processo de beneficiamento, a ampliação da produção e estratégias de mercado.
Os recursos são destinados também na implantação ou conservação de sistemas agroflorestais, exploração extrativista ecologicamente sustentável e para a realização do plano de manejo florestal nas roças de cacau dos agricultores e agricultoras, resultando em aumento da produtividade, da renda do agricultor e, simultaneamente, contribuindo com a preservação do meio ambiente. Além disso, está sendo realizada a inserção do modelo de franquias para a comercialização no varejo dos produtos da Bahia Cacau, que já conta com a primeira loja no município de Feira de Santana.
O presidente da Bahia Cacau, Osaná Crisóstomo Nascimento, explica como a fábrica se tornou referência na fabricação de chocolates finos na região: “Além de trabalhar da porteira para dentro, junto ao agricultor, o Bahia Produtiva tem aberto mercado por meio de especialistas e consultorias de mercado. Tem nos ajudado a agregar valor aos produtos, a estar em grandes mercados, viabilizando franquias, e inserindo a Bahia Cacau, cada vez mais, nesse mercado de chocolate de boa qualidade”.
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), cofinanciado pelo Banco Mundial.
Foto de Capa: Divulgação.