O que está morto morreu. Com o tempo, já entrando no ritmo do século XXI, foi ficando visível que descera uma cortina de silêncio sobre os congressistas de perfil conservador e/ou liberal. A esquerda já estava no poder. E não apenas no altiplano de Brasília, mas nos cursos de jornalismo, nas redações, no grande mundo da cultura. Nem o jornalismo esportivo escapava àquela hegemonia. O politicamente correto dominava a comunicação social e impunha a toda divergência um cala-boca geral. Foi o tempo em que os gigantes da nossa imprensa foram morrendo sem reposição e os conservadores remanescentes, excluídos das grandes redações, deslocados para as formas de mídia surgentes. Restaram uns poucos, raros quais ursos brancos, como o Alexandre Garcia, o J.R.Guzzo e uns poucos outros.
Ao mesmo tempo, o trabalho dos ditos “progressistas”, os portadores de projetos de reengenharia social, atuais oposicionistas, recebem intensa cobertura da mídia militante. A esquerda política, ou seja, o petismo e suas “variantes” (para usar o vocabulário da pandemia), age com as facilidades de uma pedra de curling, batedores à frente, amaciando o terreno. O governo e os governistas, por seu turno, falam nas redes sociais. E também estas vêm sendo manipuladas por “comissários da verdade”, corregedores de “temas sensíveis”, cujas opiniões não podem ser contrariadas.
É fastidioso, por fim, o silêncio dos plenários vazios. Chega a ser ridícula sua substituição por sessões virtuais em que os parlamentares falam em chinelas e bermudas, desde as próprias moradias. São verdadeiros monólogos caseiros, proferidos às “telinhas” enquanto cãezinhos latem, portas batem e os temas não se debatem. O cenário que descrevo de modo algum serve ao interesse da sociedade, cujo amplo esclarecimento é papel comum do bom jornalismo, dos partidos e das instituições do Estado.