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Ruídos podem ocasionar acidentes auditivos nas indústrias do agronegócio

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MSA Brasil realiza webinar para discutir pontos fundamentais que devem ser seguidos por agroindústrias para que os riscos de acidentes sejam minimizados.

Por: Engenharia de Comunicação

 

Muitas vezes, os perigos menos perceptíveis no ambiente de trabalho são aqueles que podem causar danos permanentes à saúde do trabalhador.

Quando pensamos no agronegócio como em grandes frigoríficos, os primeiros tipos de acidentes que vêm à mente são com equipamentos cortantes, como facas e serras, ou então lesões por movimentos repetitivos (LER). Porém, um grande risco para a saúde do trabalhador é a exposição sem cuidados com ruídos, que podem, caso não haja um protocolo de segurança, levar à surdez.

Normalmente, em um frigorífico de médio e grande porte, ou mesmo em uma indústria de laticínios, as grandes máquinas responsáveis pelos processos geram ruídos que, caso não sejam devidamente tratados, certamente causarão danos à audição dos funcionários.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apresentados ao final de 2020, mais de 5% da população mundial sofre perda auditiva incapacitante, e projeta-se que em 2050 mais de 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez. Em relação ao Brasil, a Sociedade Brasileira de Otologia (SOB) mostra que entre 30% e 35% dos casos de perda auditiva ocorrem por exposição excessiva a ruídos constantes, sendo grande parte em ambientes de trabalho.

Por esta razão, o investimento em protocolos de segurança e equipamentos para proteção auricular em ambiente de trabalho são peças-chave para que o risco de dano auditivo chegue próximo a zero. Eric Souza, gerente de Produtos para Proteção Auditiva da MSA Brasil, explica que o primeiro passo é sempre seguir à risca as normas vigentes.

“A Norma Regulamentadora número 15 (NR-15) é extremamente clara quanto ao tempo de exposição tolerável de acordo com a quantidade de decibéis dB(A) no ambiente: caso a exposição seja de até 85 dB, a jornada máxima de trabalho é de 8 horas. Para o caso, por exemplo, de uma exposição a 115 dB, a tolerância cai para 7 minutos”, explica Souza.

A Norma NR-36, que estabelece os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, também prevê medidas de segurança para os trabalhadores expostos a ruídos. A regulamentação indica aos que estão sob condições de trabalho com níveis de ruído excessivo, o uso de equipamentos de proteção.

Por isso o investimento na segurança auditiva em uma planta industrial deve ser verticalizado não apenas na aquisição dos equipamentos de EPI (equipamento de proteção individual) condizentes com a situação, mas também com uma série de protocolos que devem ser seguidos.

O tema é o assunto do webinar “Melhores Práticas em Proteção Auditiva e Dicas para um PCA Completo“, que será realizado pela MSA Safety no dia 20 de julho, às 14 horas. Uma das pautas do evento será a discussão sobre a implantação nas indústrias de um Programa de Conservação Auditiva (PCA), um protocolo com todas as boas práticas para a proteção auditiva. Segundo Eric Souza, esse tipo de procedimento é fundamental para que exista segurança dos dois lados.

Com o PCA, cria-se uma operacionalização para a periodicidade de exames auditivos nos funcionários, aferição de ruído por área da planta industrial, tempo de vida útil e troca de equipamentos de proteção, adequação do tipo de equipamento em relação à quantidade e tipo de ruído, tipos de testes para medição de ruído, ou seja, um checklist completo e documentado que traz segurança aos empregados e, também, à empresa.

“Com o PCA a indústria fica, respaldada legalmente, pois este documento serve como base de avaliação sobre os procedimentos adotados, por exemplo, caso um funcionário acione a empresa judicialmente alegando que sofreu perda auditiva por conta do ambiente de trabalho”, explica Souza. Ele complementa que, além disso, cria-se uma operacionalização para a periodicidade de exames auditivos nos funcionários, aferição de ruído por área da planta industrial, tempo de vida útil e troca de equipamentos de proteção, adequação do tipo de equipamento em relação à quantidade e tipo de ruído e tipos de testes para medição de ruído. Ou seja, um checklist completo e documentado que traz segurança aos empregados e, também, à empresa.

O webinar contará com os dois maiores especialistas em proteção auditiva no Brasil. O engenheiro Rafael Gerges, do LAEPI, renomado laboratório certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), falará sobre os extensos testes realizados em protetores auditivos em laboratório e que garantem um produto seguro e de acordo com as leis vigentes.

O segundo palestrante será o engenheiro Raul Casanova Junior, diretor executivo da Animaseg (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho), Abraseg, e superintendente do Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual da Associação Brasileira de Norma Técnicas – ABNT/CB-32. Ele falará sobre o cenário de acidentes auditivos no Brasil e o trabalho desenvolvido pela Animaseg para disseminar as boas práticas de segurança.

 

 

 

Foto de capa: Divulgação

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