Atividades regulares ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue, melhora o funcionamento do coração e do sistema respiratório
Por: Fabiano de Abreu
De acordo com o Atlas de 2019 da International Diabetes Federation (IDF), o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de países com o maior número de casos de diabetes, ficando atrás da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Os dados também apontam que, do total de 16,8 milhões de brasileiros, 95 mil portam diabetes tipo 1.
Medicações e mudanças nos hábitos alimentares, embora sejam os principais tratamentos contra a doença, praticar exercícios físicos regulares também podem ser uma boa aliada. “Qualquer atividade física pode e deve ser praticada pelo paciente com diabetes, pois ajuda muito no controle da glicemia e assim será possível reduzir as doses de insulina ou das medicações”, disse Bruna Manes Laudano, médica especializada em endocrinologia.
E o ideal é seguir as recomendações estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS): praticar 150 minutos de exercícios semanais, intercalando entre treinos anaeróbicos (musculação) e aeróbicos (corrida, caminhada).
“Se o paciente estiver com a glicemia controlada, o exercício vai ajudar a manter o controle. Porém, se ela estiver descompensada, o paciente pode entrar em cetoacidose”, alerta.
Não exagere nos treinos
Mencionado pela doutora Bruna, a cetoacidose diabética é um quadro de descompensação de diabetes por falta da ação de insulina, que se não tratado pode levar ao coma. Os sintomas incluem sede, micção frequente, náuseas, dor abdominal, fraqueza, hálito cetônico (odor característico, similar ao de frutas envelhecidas) e confusão mental.
Assim ela alerta os pacientes com diabetes tipo 1, pois eles “devem ter mais cuidado com a hipoglicemia, que pode aumentar durante o treino. Então eles devem sempre avaliar a glicose no pré-treino e se alimentar corretamente para praticar a atividade física”, ressaltou.
*Observações*: NÃO podem realizar qualquer atividade física os pacientes com glicemia maior que 250NG/DL e que apresentem sinais de cetose, e indivíduos o qual a glicemia for maior que 300NG/DL, seja com ou sem cetose.