Cegos, omissos, negligentes! Será tão difícil entender? Bolsonaro só interessa a nossos adversários por ser o único que pode impedi-los de NOS derrotar.
No outro lado da cena, durante todo o período dos generais presidentes, em momento algum a esquerda parou de trabalhar, seja pegando em armas, seja fazendo política, num persistente trabalho de base para a conquista do poder.
Foram 21 anos de omissão até a “redemocratização” e mais 33 anos até 2018! Estou falando de mais de meio século sem que nada fosse feito para formar opinião, influenciar os meios culturais e educacionais, criar e robustecer movimentos políticos e partidos, participar dos temas fundamentais da Constituinte, cuidar do indispensável, enfim, para enfrentar a avalanche que estava por vir.
Quero, com esta síntese, mostrar o quanto nossa omissão e nosso comodismo, delegando a política para os políticos, foi conivente com os muitos males causados à nação pelo falso progressismo da carroça esquerdista e suas bandeirinhas vermelhas.
Enquanto retornávamos desgostosos, enojados da política real, ao lusco-fusco de nossos afazeres, clarões de usina eram acesos por nossos adversários. O presidente eleito não tinha um minuto de sossego. Agiam contra ele todas as demais instituições da República, todos os grandes grupos de comunicação do país, todos os meios culturais, toda a burocracia nacional, todo o aparelho sindical, todo o mundo do crime dentro e fora dos poderes de Estado,
E nós, conservadores e liberais, sem perceber que somos as vítimas reais desses ataques! São contra nós aqueles embates. É a nós que ofendem. Somos o adversário a ser derrotado. Quanto mais derrotas nos impunham, menores ficavam as manifestações de rua… Ora, o Bolsonaro!
Somos os únicos que podemos nos salvar. E não será esvaziando nossas manifestações, desestimulando seus denodados organizadores que haveremos de salvar nosso país. Vamos exonerar-nos, também, de nossa soberania nas ruas? Silenciaremos nossa voz, juntaremos os punhos para que mais facilmente algemem nossa liberdade? Pela ausência, pela abstenção, pelo silêncio, gritaremos ao mundo nossa indignidade como cidadãos?
Estarei mais uma vez no Parcão, amanhã, 1º de agosto, às 15 horas.