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Feapaes-BA celebra Dia da Inclusão Social e Profissional da pessoa com deficiência

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Para marcar a data, uma capacitação destinada aos profissionais das Apaes da área de Educação, Trabalho, Emprego e Renda será realizada nos dias 29 de setembro de 06 de outubro

Por:  Brisa Carvalho

O dia 29 de setembro é marcado como o dia “D” da Inclusão Social e Profissional da pessoa com deficiência. A data é um convite para a conscientização da importância da inserção desse público no mercado de trabalho, além de ser um momento de reflexão acerca dos direitos já conquistados e dos novos desafios a serem enfrentados. Nesse contexto, nos dias 29 de setembro e 06 de outubro, a Federação das Apaes do Estado da Bahia (Feapaes-BA) vai promover uma capacitação para os seus representantes da área de Educação, Trabalho, Emprego e Renda. A ação tem o objetivo de formar os profissionais da instituição, para que estes estejam cada vez mais aptos a conduzir os alunos do movimento apaeano ao mundo das profissões.

A esfera do trabalho é das frentes de atuação da Apae. A instituição possui um Programa de Educação Profissional para pessoas com deficiência intelectual, que visa promover o ingresso das PcDs no âmbito profissional. O programa, que se dá por etapas, tem início com a formação básica, passa pela qualificação profissional e termina com a colocação no trabalho. Nesse processo, os alunos são preparados para serem agentes transformadores da própria realidade. “Vemos nossos alunos como protagonistas. Eles são estimulados a tornarem-se autônomos nas tarefas da vida diária e incentivados a realizarem atividades físicas e artísticas, além de serem preparados para o mercado de trabalho”, afirma Jaqueline Andrade, coordenadora de Educação, Trabalho, Emprego e Renda da Feapaes-BA.

De acordo com a coordenadora, já é possível ver os frutos do trabalho desenvolvido pelas Apaes. “Nota-se um resultado positivo na inserção desse público, que está participando da sociedade e superando seus limites. Além disso, o trabalho proporciona benefícios, como a melhoria da autoestima. Para a pessoa com deficiência, o avanço da inclusão se traduz em uma mudança de vida e em obter reconhecimento social”, afirma Jaqueline.

Sobre os pilares da inclusão social e profissional, Jaqueline aponta o respeito como um dos principais. “A inclusão trata de aprender a viver com o outro, respeitando-o e reconhecendo-o. Incluir é dar lugar à diversidade e considerar a diferença e a singularidade. É abandonar estereótipos, é ter igualdade de direitos e aprender com o outro”, explica.

Segundo a coordenadora, a família também desempenha um papel primordial nesse processo. Tendo em vista essa importância, a Apae realiza acompanhamentos e promove atividades em conjunto com o núcleo familiar dos alunos, a fim de auxiliar na superação das vulnerabilidades e no enfrentamento dos riscos que limitam o exercício da cidadania.

“A participação da família é um fator determinante. É através dela que são transmitidos valores e crenças. Uma família que acredita no potencial do seu ente querido, transmite segurança para a formação da sua personalidade, seu desenvolvimento pessoal e intelectual. Por consequência, reflete no perfil de cidadão que virá a ser”, salienta Jaqueline.

Apesar das conquistas e avanços dos últimos anos, as pessoas com deficiência ainda encontram dificuldades no caminho da inserção profissional. A baixa quantidade de vagas destinadas ao grupo é uma das barreiras. De acordo com Jaqueline, muitas vezes isso se dá pelo fato de que essas pessoas são escolhidas somente para cumprir a lei de nº 8.213/91, também conhecida como Lei das Cotas, que determina que pessoas com deficiência ocupem de 2% a 5% do quadro de companhias com 100 colaboradores ou mais.

“Os empregadores necessitam entender os benefícios de contratar um PcD. Como exemplo, ao contratar uma pessoa com deficiência, a empresa é favorecida com uma imagem positiva junto aos clientes e fornecedores, bem como o aumento da criatividade e flexibilidade no local de trabalho. Ganha-se também a capacidade em transpor as diferenças entre os funcionários através de uma revisão de valores e culturas. O ambiente se tornará um instrumento de conscientização mais inclusivo e democrático”, afirma a coordenadora.

Jaqueline Andrade diz ter boas perspectivas para o futuro, visto que não há qualquer desvantagem para a empresa que contrata pessoas desse grupo. Para Narciso Batista, presidente da Feapaes-BA, o trabalho de conscientização não pode ser esquecido, levando em consideração que um dos percalços no caminho da inclusão é a falta de conhecimento e o preconceito. O presidente explica que outra peça chave é a capacitação dos profissionais responsáveis pela qualificação dos futuros empregados. “Este é um trabalho que precisa ser realizado em conjunto. Nós contamos com a colaboração das famílias, das empresas e da população. Estamos colhendo os frutos das sementes plantadas no passado. A nossa luta é contínua, não podemos parar”, reforça o presidente.

 

 

Foto de Capa: Divulgação

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