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Prefeito de Brumado retira obrigatoriedade do uso de máscara no município

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DA REDAÇÃO

Por meio de Decreto publicado na edição desta terça-feira (19) do Diário Oficial do Município, o prefeito de Brumado, Eduardo Lima Vasconcelos (Sem Partido), retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras contra a Covid-19 no município. Brumado é o primeiro município do Estado a derrubar a exigência do equipamento de proteção.

Defensor do uso de medicamentos comprovadamente ineficazes para o combate à pandemia, tendo, inclusive, “obrigado” profissionais de Saúde lotados na Secretaria Municipal de Saúde ou prestadores de serviços a prescrever a medicação defendida pelo presidente da República, cujos atos tem servido de inspiração para sua gestão, Vasconcelos argumenta, no Decreto que desobriga o uso de máscaras de proteção, em locais abertos e fechados, exceto nas instituições de Ensino, por pessoas com sintomas gripais e que estejam infectadas com o Novo Coronavírus (Covid-19), que não há registro, nos últimos 45 dias de casos da doença que tenham exigido a internação de pacientes, justificando, inclusive, a desativação de Enfermarias e UTI Covid. Argumenta, ainda, que não seria mais necessária a prevenção contra o vírus devido ao alto número de pessoas vacinadas contra o Novo Coronavírus (Covid-19) no município . Dados oficiais apontam que 88,61% da população elegível para a vacina já foram imunizados com a 1ª dose ou dose única e, 58,79% completaram a imunização.

Profissionais de Saúde ouvidos pelo JS, sob reserva, no entanto, fazem um contraponto ao Decreto do prefeito de Brumado. Consideram a medida precipitada, reforçando que os dados oficiais mostram que a maioria da população ainda não está totalmente imunizada e que a medida adotada pelo gestor, desobrigando o uso de máscaras, poderá causar a falsa sensação para a população de que a pandemia está totalmente controlada, o que é uma falácia.

Os profissionais da Saúde esperam que a Defensoria Pública e o Ministério Público Estadual possam intervir e reverter, na Justiça, a medida que consideram negacionista e que representa um ataque contra a Saúde Pública.

Os profissionais da Saúde alertam, ainda, a população para a importância das medidas sanitárias preconizadas pela ciência – higienização das mãos, uso de álcool em gel e de máscaras de proteção – sejam mantidos até que toda população esteja com a cobertura vacinal completa. E destacam um alerta feito pela infectologista e pesquisadora da Fundação Fiocruz, Margareth Dalcomo, sublinhando que a flexibilização do uso de máscaras ao ar livre até seria admissível, mas em ambientes fechados, mesmo as pessoas vacinadas e as que já foram infectadas, devem estar sempre de máscara, “até porque a gente tem algo chamado reinfecção”.

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