Estamos vivendo numa sociedade de muito barulho e ruídos. Todos querem dizer sua palavra, mas sabemos pouco escutar. Nos deparamos constantemente com um turbilhão de informações que, ao invés de acalmar o coração e trazer paz interior, nos deixa agitados. O pensamento fica acelerado e não descansa. As redes sociais com os vários meios de comunicação, o trabalho, as preocupações, as milhares de informações e de sinais colocam nosso pensamento em contínuo funcionamento.
O que isso colabora para a minha realização? Que palavras eu tenho ouvido ou gosto de ouvir? Que palavras tenho falado? O que leio? Não tenho dúvida que as respostas a essas perguntas estão relacionadas com o sentido da minha vida. Eu posso te dizer que gosto de escutar as pessoas, porque ali compreendo o que se passa no coração humano. Posso conhecer a pessoa pelas atitudes, mas a compreenderei de verdade quando a escutar. E que escuta preciso fazer?
A escuta e a compreensão da palavra do outro não é coisa simples. Muitas vezes as pessoas analisam o que escutam do outro a partir de compreensões superficiais. Para compreender o outro e acolhê-lo, preciso entender o que é o ser humano. Isso aprenderei com a vida, mas não só. Aprendo com a escuta atenta, com a palestra, com o interesse pelas experiências dos outros, com um bom livro, com músicas boas, com mestres que ajudam a compreender a vida e encontrar o seu sentido profundo. Aprendo com experiências de vitórias e de perdas partilhadas e escutadas. Aprendo quando sei escutar a palavra. Quem não escuta a palavra vive uma vida superficial e sem sabor. É como a flor que era para ser bonita, mas murchou por falta de água.
A vida passa, pela escuta da palavra. Não há outra forma. Tenho escutado pessoas que se isolaram do mundo e dos outros. Foram secando interiormente. A fonte da felicidade secou. Estão tristes e sem rumo. Por isso, o que eu desejo para você hoje: “Seja ouvinte da boa palavra. Dela sempre brotará um sentido novo para a vida.”