A pneumonia ainda oferece riscos se não tratada corretamente e é a maior causa de óbitos em crianças de até 5 anos no país
Por: Gisele Almeida
No dia em que se celebrou o Dia Mundial de Combate à Pneumonia, 12 de novembro, a Organização Mundial de Saúde fez um alerta para a importância da prevenção da doença, que segue sendo a principal causa de mortes em crianças de até 5 anos de idade. A entidade estima que a pneumonia provoque pelo menos 1,6 milhão de mortes nessa faixa etária por ano. Além das crianças, adultos acima de 60 anos e pacientes com comorbidades como diabetes, obesidade e HIV também apresentam um risco maior de agravamento do quadro e de óbito.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), embora a taxa de mortalidade da pneumonia tenha tido uma redução de 25,5% entre 1990 e 2015, a quantidade de internações e o alto custo do tratamento ainda são desafios para a saúde pública e a sociedade como um todo.
A doença pode ser provocada por diferentes tipos de vírus, bactérias, fungos ou mesmo pela inalação de produtos tóxicos. Durante a pandemia do Novo Coronavírus, muito tem se falado a respeito da pneumonia, já que, em pacientes com Covid-19, a doença pode se manifestar como uma consequência da lesão gerada pelo vírus nos pulmões ou da resposta exagerada do sistema imune do organismo ao vírus. Essa manifestação é grave e foi responsável por milhares de mortes em todo o país desde março de 2020.
A professora do curso de Medicina da UniFG, infectologista Vanes
“As crianças muito pequenas, com menos de 1 ano, podem apresentar apenas irritação/sonolência, aumento da frequência respiratória e redução da ingestão de alimentos, assim como os idosos, que podem não ter febre e cursar mais com desorientação. As pneumonias virais costumam ter sintomas mais leves que a bacterianas, exceto H1N1 e Covid-19, que podem evoluir rapidamente para casos graves”, alertou a infectologi
A professora da UniFG reforça que a principal forma de prevenção da doença é a vacinação, que reduz bastante o risco de adoecimento para os agentes que já têm vacinas conhecidas, como o pneumococo, influenza (Gripe H1N1) e Covid-19. “Alguns vírus e bactérias ainda não têm vacinas desenvolvidas, sendo que a principal orientação para o não agravamento nestes casos é a procura por um profissional de Saúde logo no início dos sintomas e o uso correto dos medicamentos prescritos. Uma boa rotina, com dieta equilibrada e atividade física reduz as comorbidades, também sendo considerados formas de proteção para o nosso corpo contra as doenças infecciosas.”, finalizou a Dra. Vanessa Teixeira.