A expectativa é de que a produção de aço bruto cresça 14,7%, para 36 milhões de toneladas em 2021, enquanto as vendas internas devem somar 22,8 milhões de toneladas, 17% a mais quando comparado a 2020
Por: Revista Brasil Mineral/ Agência Brasil61
O Instituto Aço Brasil prevê que o consumo aparente de aço bruto em 2021 alcance 26,7 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 24,3% no consumo, impulsionado pela retomada do mercado interno após a crise de demanda provocada pela pandemia Covid-19 no último ano.
A expectativa é de que a produção de aço bruto cresça 14,7%, para 36 milhões de toneladas em 2021, enquanto as vendas internas devem somar 22,8 milhões de toneladas, 17% a mais quando comparado a 2020.
Com relação a 2022, o Instituto Aço Brasil (IABr) prevê que a produção brasileira de aço bruto terá crescimento de 2,2%, alcançando 36,8 milhões de toneladas e as vendas internas aumentem 2,5% na comparação com este ano, chegando a 23,3 milhões de toneladas, enquanto o consumo aparente deve crescer 1,5%, atingindo 27,0 milhões de toneladas.
A entidade informa que o mercado doméstico está abastecido e que os preços das commodities – que pressionaram os preços dos produtos siderúrgicos ao longo de 2020 e em parte de 2021 – vem se estabilizando e até mesmo decrescendo para alguns insumos.
O grau de utilização da capacidade instalada do setor ainda é muito baixa, em torno de 70%. O aumento da produção de aço busca atender à retomada das exportações, o que permitiria reduzir a ociosidade existente atualmente, elevando o grau de utilização da capacidade instalada do setor para níveis mais próximos ou acima de 80%, considerado mundialmente como o mais adequado para operação das empresas.
Mas o Aço Brasil afirma que para viabilizar as vendas externas é necessário recompor a competitividade dos setores exportadores, como a indústria do aço, por meio do retorno do mecanismo do REINTEGRA que ressarce, parcialmente, os resíduos tributários embutidos nas exportações. O Reintegra é um mecanismo para evitar a taxação das exportações dos produtos brasileiros, conforme preconizado na Constituição Brasileira.
Nos últimos anos, houve um crescente estabelecimento de medidas protecionistas por vários países e, agora, é vista alguma flexibilização nas restrições às importações de aço, como é o caso das negociações entre os Estados Unidos e a União Europeia. Neste contexto, a indústria do aço brasileira tem a expectativa de que se reestabeleçam as negociações com o governo americano para revisão do sistema de quotas imposto aos produtos siderúrgicos brasileiros no âmbito da Seção 232, vigente desde 2018.
Foto de Capa: Brasil Mineral