Antes de iniciar o uso de medicações, é necessário analisar se o paciente sofre de alguma comorbidade
Por: Fabiano de Abreu
O transtorno de personalidade borderline consiste em um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais. O quadro também envolve flutuações extremas de humor e instabilidade na autoimagem. Pacientes com transtorno borderline não toleram ficar sozinhos, fazem esforços frenéticos para evitar o abandono e geram crises, como comportamentos agressivos ou autodestrutivos.
Critérios clínicos são adotados para realizar o diagnóstico, em seguida, é necessário o tratamento para controlar o transtorno e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. O psicólogo André Barbosa, autor do livro “Vamos falar de transtorno de personalidade borderline”, explica que o tratamento para transtorno borderline é essencialmente psicoterápico:
“O controle maior dos sintomas de impulsividade, agressividade e instabilidade é através da psicoterapia. Já no caso de outras doenças como a depressão recorrente, esquizofrenia e síndrome do pânico, essas patologias estão associadas à terapia medicamentosa (remédios psiquiátricos) em conjunto com a psicoterapia”, pontua o psicólogo André Barbosa.
Entretanto, é necessário observar cada caso com atenção e cuidado. O psicólogo André Barbosa adverte que: “quando o caso é grave, onde há episódios recorrentes de crises e explosões de humor, é importante analisar se há uma comorbidade: ou seja, outra doença como ansiedade, transtorno bipolar ou depressão associado a este transtorno”, destaca.